Revista de Vinhos - Edição 371 (2020-10)

(Antfer) #1
DIOGO LOPES

18,5


Herdade Grande


Souzão 2017


Alentejo / Tinto /
António Manuel Baião
Lança
O agrónomo António
Lança gosta tanto de
experimentações e da
irreverência como o
enólogo Diogo Lopes, e
assim a Souzão foi para
o Alentejo. Talvez não
esperassem um resultado
tão sublime, todavia. Facto é
que, se a uva que dá vinhos
poderosos na cor, na acidez
e nos taninos lá no norte,
mas carece de elegância
e recheio para contrapor
a tantos elementos de
dureza, na Herdade Grande
conseguiu um imenso estilo.
Amoras negras, impressões
de tinta, sangue e zestes de
laranja no olfato preenchem
também a boca com
tamanha frescura e energia,
impecável no polimento e
equilíbrio. A madeira é mais
uma vez impressionante
na sua elegância e
transparência face à casta e
ao terroir.
Consumo: 2020-2026
20,00€ / 16ºC


18
2 2 1 Adega Mãe
2015
IVV / Branco /
AdegaMãe
Duas regiões, Torres Vedras
e Monção, dois enólogos,
Diogo Lopes e Anselmo
Mendes, e uma casta,
Alvarinho, explicam o nome.
Uma experiência audaciosa
apadrinhada pela Adega
Mãe, que uniu duas barricas
que normalmente entrariam
nos vinhos da sua linha
Reserva ou Terroir, e outras
duas que possivelmente
comporiam o Curtimenta
e o Muros de Melgaço
de Anselmo Mendes. Um
mix de ambientes, mas
sempre um vinho Atlântico.
Notável refinamento no
nariz, conhece uma fase
exuberante fase do seu
desenvolvimento, com
mel e notas apetroladas.
Untuoso, muito harmonioso
na compensação da
frescura e sapidez, grande
persistência.
Consumo: 2020-2024
25,00€ / 11ºC

18
Adega Mãe Terroir
2015
Lisboa / Tinto / Adega
Mãe
Em 15 anos de enologia,
Diogo Lopes aprendeu
que Lisboa é uma região
extraordinária para elaborar
brancos e tintos. O Terroir
Tinto 2015, o segundo
lançado pela adega na
busca da essência da
região, é a prova cabal
deste tremendo potencial.
Um tinto deslumbrante da
cor ao seu final de boca
sinfónico. É tão profundo
nos aromas, tão jovem e
promissor. Difícil é afastar o
copo do nariz, tão sedutora
é a fruta negra doce e
crocante, as especiarias
finas, a terrosidade e
carácter. A boca é outra
lição de equilíbrio, frescura,
taninos finíssimos e
envolventes. A afinação em
relação ao Terroir 2012 é
louvável. Grande vida pela
frente.
Consumo: 2020-2026
40,00€ / 16ºC

18
Adega Mãe Terroir
2014
Lisboa / Branco /
AdegaMãe
Um dos vinhos mais
importantes na carreira de
Diogo, o qual revela a sua
paixão pela tipologia dos
brancos, anos de testes com
o mestre Anselmo Mendes,
uso imaculado da madeira
e busca pela máxima
expressão do potencial da
região de Lisboa. A colheita
de 2014 foi a segunda deste
que já é uma estrela da
denominação, e no atual
momento da evolução
demonstra extraordinário
carácter marítimo, além
de muita complexidade
olfativa com tostados,
frutas tropicais, amêndoas
salgadas e tons herbáceos
maduros. A madeira
integrou-se, a boca ainda é
firme, estruturada e longa.
Consumo: 2020-2023
40,00€ / 11ºC

18
Herdade Grande
Amphora 2018
Alentejo / Branco /
António Manuel Baião
Lança
A centenária Herdade
Grande, como reza a
tradição da Vidigueira,
fez vinhos de talha no
passado. Esta é a primeira
experiência de Diogo
e também dos novos
tempos do produtor.
Talha tradicional pesgada,
vinhas velhas com Antão
Vaz, Roupeiro, Perrum e
também algo de Alvarinho
de uma vinha de 20 anos
de idade. 15% do engaço
foi usado para ajudar na
filtragem natural do vinho.
É muito típico do método,
mas evidencia também
a elegância almejada
pelo enólogo nos seus
vinhos. Exótico na fruta,
floral citrino, mel e cera,
com camadas. Um toque
fenólico compensa a acidez
mediana, e garante mais
uns anos de guarda a este
bonito vinho de talha.
Apenas 1.640 unidades
produzidas.
Consumo: 2020-2026
25,00€ / 11ºC

@revistadevinhos outubro 2020 · 370 ⁄ Revista de Vinhos · 91

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