O Dia (2020-10-14)

(Antfer) #1
Niterói& região

Hospital Oceânico completa seis meses salvando vidas


Mais de 800 pacientes já foram tratados na unidade da prefeitura de Niterói, que é exclusiva para o tratamento de pessoas com Covid-


BERG SILVA/DIVULGAÇÃO

Atualmente, a
unidade conta
com 136 leitos
com respiradores
e todo o suporte
necessário para os
pacientes

pacientes e seus familiares
de maneira clara, explicando
de forma humana, delicada,
o diagnóstico e como é o tra-
tamento”, disse.
A responsável técnica da
Psicologia da unidade, Liz
Pestana, explica que são mui-
tos os desafios e momentos
dramáticos no atendimento
aos familiares de pacientes
com o novo coronavírus na
unidade hospitalar.
“Esse suporte para os pa-
cientes e familiares é fun-
damental. É um trabalho
pontuado em validar os sen-
timentos gerados pela in-
ternação, acolhendo a dor
psíquica pelo impedimento
das visitas presenciais que
elevam a ansiedade desses
familiares”, conta.
Além do Hospital Muni-
cipal Oceânico de Niterói, o
tratamento para pacientes
com a Covid-19 ou com sus-
peita da doença é feito em
quatro unidades da Prefei-
tura referenciadas: Hospi-
tal Municipal Carlos Tortelly,
Hospital Municipal Mário
Monteiro e as Policlínicas
da Engenhoca e do Largo da
Batalha.
A testagem rápida para o
diagnóstico de Covid-19 está
disponível gratuitamente
para os moradores de Ni-
terói em cerca de 50 locais,
entre módulos do Programa
Médico de Família, Policlí-
nicas Regionais e Unidades
Básicas de Saúde, além dos
exames realizados no mode-
lo drive thru, com agenda-
mento pelo aplicativo Dados
do Bem.

Primeira unidade do esta-
do do Rio de Janeiro exclu-
siva para o tratamento de
pacientes com Covid-19, o
Hospital Municipal Oceâ-
nico de Niterói, em Pira-
tininga, completou seis
meses de funcionamento
no último sábado. Neste
período, a unidade já aten-
deu 815 pessoas com o novo
coronavírus.
“O Hospital Oceânico já
salvou centenas de vidas.
Esta é uma unidade de re-
ferência, não só pela sua es-
trutura como pela equipe
médica de excelência. Este
hospital é, sem dúvida, um
exemplo de hospital público
no Brasil para o atendimen-
to da Covid-19”, destaca o se-
cretário municipal de Saúde,
Rodrigo Oliveira.
Ele afirma que a criação
do Hospital Oceânico é mais
uma das medidas da Prefei-
tura para o combate ao novo
coronavírus, que incluem a
sanitização de ruas e comu-
nidades, a distribuição de
kits de limpeza, o centro de
referência de quarentena,
a realização de testagem
rápida da Covid-19, contra-
tação de mais 1.200 profis-
sionais de saúde e a criação
de programas sociais para
apoiar as famílias vulnerá-
veis, como o Renda Básica
Temporária e a entrega de
cestas básicas.
A Prefeitura de Niterói ar-
rendou o hospital privado,
que estava fechado, por R$
1,7 milhão no período de 12
meses, e realizou obras de
adequação para receber os


primeiros pacientes em tem-
po recorde: 20 dias. Atual-
mente, a unidade conta com
136 leitos com respiradores
e todo o suporte necessário
para os pacientes. Ao fim
desse período de 12 meses
será avaliada a necessidade
ou não de continuidade de

funcionamento da unidade
de acordo com a evolução da
pandemia na cidade.
Rafael Carraro, diretor
médico do Oceânico, explica
que o local recebe pacientes
graves com Covid-19 trans-
feridos de outras unidades.
Por isso, além do atendimen-

to médico mais moderno, é
fundamental manter a trans-
parência e o diálogo com os
familiares.
“Aqui o diálogo é funda-
mental para construir me-
lhor a assistência para a
obtenção de melhores re-
sultados. Lidamos com os

É fundamental
manter a
transparência e
o diálogo com os
familiares

Anvisa alerta sobre falsa vacina


vendida em Niterói e aciona a PF


Polícia investiga ação criminosa e governo esclarece que não há nenhum imunizantes ainda estão em


fase de testes e não nenhum liberado para a venda no país. Bandidos podem pegar até 5 anos de prisão


DIVULGAÇÃO

Governo não
tem previsão
para liberação
da vacina contra
a Covid-

U

ma falsa vacina con-
tra a Covid-19 está
sendo vendida em
Niterói, de acordo
com uma denúncia recebi-
da pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (An-
visa). Uma empresa esta-
ria vendendo o imunizante
falsificado e dizendo que se
trata da vacina em desenvol-
vimento pela Universidade
de Oxford e pela AstraZe-
neca. A agência reguladora
afirma ter acionado a Polí-
cia Federal para investigar a
informação.
“A denúncia foi apresenta-
da no último dia 25 de setem-
bro e no mesmo dia houve
avaliação e encaminhamen-


to formal para a Direção Ge-
ral da Polícia Federal”, afir-
mou a Anvisa em nota.
A agência alerta que até o
momento não há nenhuma
vacina contra a doença au-
torizada a ser comercializa-
da no Brasil. A Anvisa pede


que até a liberação, não seja
adquirido nenhum suposto
imunizante contra a doença.
“Existem no Brasil vacinas
contra a Covid-19, exclusiva-
mente para uso em estudos
clínicos. Não há permissão
para comercialização e dis-

tribuição dessas vacinas”,
reitera a Anvisa.
No país, a vacina desen-
volvida pela AstraZeneca,
em parceira com a Univer-
sidade de Oxford, ainda está
em fase de teste - com ape-
nas voluntários recebendo

a dose imunizante - e não
tem aprovação para venda.
A vacina é tida como uma
das principais apostas para
a imunização contra o coro-
navírus no país pelo governo
brasileiro.
Segundo a PF, “as condu-

tas apuradas podem se en-
quadrar em dois artigos do
Código Penal: 273 (falsificar,
corromper, adulterar ou al-
terar produto destinado a
fins terapêuticos ou medi-
cinais, com pena de 10 a 15
anos de prisão) ou 171 (obter,

para si ou para outra pessoa,
vantagem ilícita, em pre-
juízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil, ou
qualquer outro meio frau-
dulento, com pena de um a
cinco anos de prisão)”.

A vacina é tida
como uma
das principais
apostas para a
imunização contra
o coronavírus no
país pelo governo

2 QUARTA-FEIRA, 14. 10. 2020 I O DIA

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