Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Economia
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas
Analisada em partes, a economia brasileira tem
algumas boas notícias, mas são ilhas num mar de
incerteza. O cenário da recuperação no ano que vem só
se confirma se não houver uma nova onda de aumento
da contaminação e das mortes. Armando Castelar diz
que a projeção do PIB deste ano oscila ainda entre uma
recessão de 4,5% a 5,5%. E uma alta em tomo de 2,5%
em 2021.
- Sobre a inflação, eu estou mais preocupado do que
estava antes. Os índices de atacado estão altos. A
situação fiscal está dando medo e muita gente pode se
antecipar e reajustar preços. Mesmo com recessão, a
incerteza fiscal pode levar ao aumento de preços. O real
está desvalorizado e perdeu muito mais este ano em
relação a outras moedas emergentes. O fiscal é o
grande problema. A dívida está altíssima, tirar a âncora
do teto de gastos é suicídio - diz Castelar.
Mesmo no melhor cenário, o que se terá quando esta
crise acabar é um país mais pobre, com grande queda
do PIB per capita, e um governo muito mais endividado.
O Ministério da Economia ainda não tem um plano
para a saída da crise e para fortalecer as finanças
públicas. Até agora, o que houve foi briga entre
ministros sobre a estratégia de recuperação, algumas
idéias lançadas como balão de ensaio e projetos
enviados a conta-gotas ao Congresso.
"Analisada em partes, a economia brasileira tem
algumas boas notícias, mas são ilhas num mar de
incerteza"
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas, Banco Central - Perfil 1 -
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