Clipping Banco Central (2020-10-15)

(Antfer) #1
coluna do broadcast - Sem digital forte, Cultura e Saraiva renegociam
planos

Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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A saída do varejo na pandemia foi pela internet. Por
isso, Livraria Cultura e Saraiva correm contra o tempo:
para elas, a internet em larga escala não é uma opção
viável e, portanto, pedem à Justiça mudanças em seus
planos de recuperação judicial. A Cultura alega que não
há "possibilidade e intenção" de virar essa chave com
investimentos no digital, diante das sérias restrições
financeiras pelas quais passa. Assim, pediu à Justiça - e
aos credores - mudança no fluxo e maiores descontos
em pagamentos. Já a Saraiva viu as vendas caírem
83% no segundo trimestre, sendo que no comércio
eletrônico a retração chegou a 58%. A rede também
quer mudar seu fluxo de pagamentos, a autorização
para criar unidades produtivas isoladas (UPIs) para a
rede de lojas e o site e, eventualmente vendê-las.


» Um produto, dois preços. Não que Cultura e a Saraiva
não estejam há anos no e-commerce. O problema é que
elas não conseguem competir de igual para igual com
gigantes como a americana Amazon e as brasileiras
B2W (dona do Submarino) e Magalu.


» Um produto, dois preços. Motivo: as livrarias precisam
estar com estantes sempre cheias e as lojas têm
aluguéis caros. Não necessariamente os livros daquele
espaço serão vendidos, por terem preços mais altos do
que os vendidos online.

» Inteligência artificial. Além disso, há os custos e o
desenvolvimento tecnológicos que não são triviais - e
nem fáceis de serem alcançados.

» Social. "A livraria hoje é um espaço de descoberta, de
relacionamento, não de procura por livros", diz Marcos
da Veiga Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos
Editores de Livros (SNEL) e sócio da Editora Sextante.
A venda de livros online depende de preço. Embora
Saraiva e Cultura estejam debilitadas, outras empresas
estão reabrindo lojas, porque o brasileiro ficou mais
disposto a ler na pandemia, diz ele.

» Vou de carro. Após o tombo que a economia sofreu
durante os primeiros meses da pandemia, os brasileiros
têm voltado aos poucos a pedir financiamento nos
bancos para comprar carros. A preferência tem sido
pelo usado, segundo levantamento da B3 que compila
as fichas de crédito aprovadas pelas instituições
financeiras.

» Só velhinho. Em relação aos financiamentos totais, o
volume voltou a crescer em setembro, na comparação a
igual mês do ano anterior. A alta foi de 5,7%, para 537,5
mil unidades, depois de uma sequência de quedas
desde o início da pandemia. Ao segregar os números,
porém, apenas os usados avançam, a uma taxa de
14%, para 363,8 mil.

» Repeteco. Já os novos amargam recuo de 8,2%, para
173,7 mil. É uma dinâmica similar à vista após a
recessão de 2015 e 2016.

» Prático. A startup do segmento médico Action Voice
acaba de lançar uma plataforma que faz os registros
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