Clipping Banco Central (2020-10-16)

(Antfer) #1

Bolsas globais caem e refletem desaceleração da economia


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
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Autor: Júlia Moura


são paulo Os principais mercados globais operaram
com viés negativo nesta quinta-feira (15), após dados
apontarem desaceleração na recuperação das
economias, inclusive nos Estados Unidos, e aumento de
casos de Covid-19 na Europa, com novas restrições na
região.


O Ibovespa chegou a cair 1,6% , mas amenizou a
queda ao longo do pregão e fechou com perda de 0,3%,
a 99.054 pontos. O dólar, que subiuparaR$5,65,
também reduziu o movimento, e encerrou com alta de
0,4%, a R$ 5,6260.


A melhora no mercado acompanhou a redução da
aversão a risco em Wall Street e declarações do
ministro Paulo Guedes (Economia), que disse à CNN
Brasil que pode desistir da ideia de um novo imposto
com base digital.


Na sessão, investidores repercutiram os resultados do
IBC-Br (índice de Atividade Econômica do Banco
Central), que teve alta de 1,06% em agosto ante julho.


Economistas esperavam alta de 1,6%, segundo a
Reuters, e de 1,7% segundo a Bloomberg.

Sobre agosto de 2019, o IBCBr caiu 3,92%, menos do
que esperado pelo mercado, e, no acumulado em 12
meses, teve recuo de 3,09%.

Para Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica
para América Latina do Goldman Sachs, a atividade
deve continuar a se recuperar nos próximos meses,
com a flexibilização gradual do distanciamento social,
estímulos fiscais adicionais, recuperação nos preços de
matérias-primas e crescimento global firmado, mas em
compasso mais lento.

"Um quadro viral interno de Covid-19 ainda muito
complexo, um mercado de trabalho muito fraco e a
expectativa de eliminação de algumas das amais
medidas de apoio fiscal devem suavizar o ritmo da
recuperação", escreveu Ramos em relatório a clientes.

Também nesta quinta foi divulgada a prévia
extraordinária das sondagens com o mercado da FGV
(Fundação Getúlio Vargas). Dados coletados até esta
quarta (14) sinalizam recuo da confiança empresarial e
dos consumidores em outubro. Em relação ao número
de setembro, o índice de Confiança Empresarial
diminuiria 1,1 ponto, para 96,4 pontos, e o índice de
Confiança do Consumidor cairia 3,9 pontos, para 79,5
pontos.

"Os resultados sugerem uma interrupção na tendência
de recuperação da confiança empresarial, com piora
das expectativas em todos os setores, exceto na
indústria", disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora
das Sondagens do Ibre/FGV.

Segundo ela, o baixo nível da confiança dos
consumidores decorre, em grande parte, da
preocupação com mercado de trabalho e alta nos
preços de alimentos, da incerteza com a pandemia e do
fim do auxílio emergencial.
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