Clipping Banco Central (2020-10-16)

(Antfer) #1

Prévia do PIB indica que país cresceu 1,06% no mês de agosto


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
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Autor: GABRIEL SHINOHARA
[email protected] BRASÍLIA


A economia brasileira cresceu 1,06% em agosto na
comparação com o mês anterior, de acordo com o
índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-
Br), divulgado ontem.


O indicador é considerado uma prévia do Produto
Interno Bruto (PIB), utilizado para medir o crescimento
do país, mas usa metodologia diferente do IBGE,
responsável pelo número oficial.


PERDAS NÃO RECUPERADAS


Agosto foi o quarto mês seguido de números positivos
no IBC-Br, mas mostrou uma desaceleração em relação
aos resultados dos meses anteriores. Depois de uma
queda histórica de 9,27% em abril, o índice começou a
se recuperar em maio com alta de 1,7%. Em junho
registrou crescimento expressivo de 5,3% com a


retomada de vários setores da economia, e em julho
houve um aumento menor, de 3,7%.

Apesar dos números positivos, a comparação com o
mesmo período de 2019 mostra que a perda na
economia ainda é grande. Em relação a agosto do ano
passado, o IBC-Br caiu 3,9%. No acumulado do ano, a
redução chega a 5,4%.

Segundo Luana Miranda, economista do Ibre/FGV, a
desaceleração registrada em agosto já era esperada,
porque o tombo em abril foi muito grande.

— No quarto trimestre, especialmente, é importante ficar
atento devido à redução do valor do auxílio emergencial.
Isso cria um alerta na evolução do consumo de bens
que a gente tem visto vir bastante forte e pode gerar
alguma desaceleração nas taxas de crescimento.

Na avaliação de Ricardo Jacomassi, economista-chefe
da TCP Partners, a desaceleração do indicador é
normal, mas a queda de 5,4% no resultado acumulado
do ano ficou um pouco acima do que o calculado pela
empresa, que era de 5,2%.

PESO DOS SERVIÇOS


Jacomassi diz que a maior parte dos segmentos da
economia está se recuperando, com destaque para o
comércio e o agronegócio, mas outros, como o de
serviços, devem demorar um pouco mais.

—O setor de serviços é um grande empregador e, ao
mesmo tempo, tem uma participação muito relevante no
PÍB. Se você somar serviços e comércio, chega a algo
em torno de 70% do PIB, é muito relevante—diz.
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