Clipping Banco Central (2020-10-16)

(Antfer) #1

Pix alimenta mercado de tecnologia contra fraudes financeiras


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Pix

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Autor: GABRIEL MARTINS
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Falta um mês para o Pix entrar em vigor, mas os
criminosos já estão aplicando golpes com o nome do
novo meio de pagamento, com o objetivo de roubar
dados cadastrais. Com o risco de fraudes, empresas de
tecnologia começaram a desenvolver ferramentas para
combater crimes digitais no Pix antes mesmo de a
ferramenta entrar em operação.


Só no primeiro dia de cadastramento das chaves Pix, a
Kaspersky, especialista em segurança digital, identificou
30 domínios falsos que direcionavam o usuário para
páginas de roubo de dados.


As armas usadas pelas empresas para combater golpes
são o comportamento dos usuários registrado em seus
celulares, histórico de transações financeiras e até
geolocalização. É importante ressaltar que essas
tecnologias são voltadas para as instituições
financeiras: os clientes destas não terão de fazer novos


cadastros ou baixar aplicativos.

GEOLOCALIZAÇÃO


A InLoco, empresa de identidade digital, lançou o
Incognia Pix, um serviço que usa biometria
comportamental e geolocalização para identificar
possíveis fraudes. Para isso, recorre a quatro métricas:
verificação de endereço, integridade do dispositivo,
localização confiável e verificação de transações.

—O Incognia não precisa de dados pessoais e
sensíveis do cliente para fazer as verificações de
proteção. Usamos as informações comportamentais
para chegar a resultados de confiabilidade do acesso ou
não — explica André Ferraz, presidente-executivo da
InLoco. — Nossa tecnologia é 30 vezes mais precisa
que a de um GPS, por exemplo.

A plataforma avalia situações como locais aos quais a
pessoa costuma ir e seu perfil de compras. Caso algo
destoe do padrão, é gerado um alerta. Atualmente, a
InLoco acompanha cerca de 70 milhões de
smartphones.

Já a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e a
ClearSale, empresa de soluções antifraude, criaram, em
parceria, uma plataforma para garantir a segurança e a
autenticidade dos dados.

—Temos uma base histórica de dados com cerca de
dois bilhões de transações. Devido a este volume de
informação, quando algum dispositivo suspeito tenta
criar uma conta Pix, ou quando dados de uma pessoa
são usados fora de seu padrão cotidiano, temos como
emitir alertas para bancos e fintechs —diz Bernardo
Lustosa, presidente executivo da ClearSale.
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