Clipping Banco Central (2020-10-16)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - País
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais
Nacionais

A investigação teve início após denúncia feita por um
ex-funcionário da Secretaria de Saúde de Roraima. Ele
citou a existência de um esquema para desvio dos
recursos destinados ao enfrentamento da pandemia e
que envolvia membros do Congresso Nacional.


O presidente Bolsonaro passou o dia tentando se
desvincular de seu aliado cuja relação, em um vídeo de
2018, já brincou ser “quase uma união estável”. Além de
sair da vice-liderança do governo, o senador Rodrigues
perdeu um assessor: Léo índio, primo dos filhos de
Bolsonaro, pediu exoneração do cargo. Nas redes
sociais, ele afirmou que se demitiu do gabinete por
decisão estritamente pessoal.


BOLSONARO SE AFASTA


Ainda pela manhã, o presidente afirmou que a operação
da PF que encontrou dinheiro entre as nádegas do
senador não tem relação com o seu governo. Segundo
o presidente, a operação éum“é fator de orgulho” para o
governo.


— Lamento o desvio de recurso, seria bom que não
houvesse, porque, afinal de contas, quando você desvia
dinheiro da saúde, inocentes morrem, então a operação
de ontem é fator de orgulho para o meu governo —disse
a apoiadores no Palácio da Alvorada.


Ele acrescentou que o seu governo é composto pelos
ministros, presidentes de estatais e dos bancos públicos
e que, em dois anos, não houve casos de corrupção.


—Alguns acham que toda a corrupção tem aver com o
governo. Não [tem]. Nós destinamos dezenas de bilhões
de reais para estados e municípios, tem as emendas
parlamentares também, e, de vez em quando, não é
muito raro, a pessoa faz uma malversação desse
recurso — disse, acrescentando: — Se um vereador faz
algo de errado, eu não tenho nada a ver com isso. Ou
melhor, eu tenho para ir para cima dele, com a Polícia


Federal se for o caso, com o apoio da CGU, é isso que
nós fazemos.

Apesar do discurso, Bolsonaro mantém como líderes na
Câmara e no Senado outros políticos sob investigação,
como o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) e o
senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

Em nota, o senador Chico Rodrigues se disse inocente
e alegou que cumpriu seu papel de buscar recursos
para a saúde em Roraima.

Outrosaliados sobinvestigação

Apesar do discurso do presidente, ogoverno mantém
parlamentaresinvestigados como líderes do governo no
Senado e na Câmara. Veja:

> Ricardo Barros (PP-PR)
O líder no governo na Câmara foi alvo de uma operação
em setembro que apura o pagamento de propina. A
investigação mira um possível esquema de corrupção
quando Barros era secretário do governo do Paraná, na
gestão de Beto Richa (PSDB). Barros nega a acusação,
que é baseada em uma delação de executivos da
Galvão Engenharia.

> Fernando Bezerra (MDB-PE)
O líder do governo no Senado foi alvo de uma operação
de busca e apreensão da Polícia Federal no ano
passado em seu gabinete. Segundo a PF,ele teria
recebido R$ 5,5 milhões em propina desviada de obras
públicas durante o governo de Dilma Rousseff. Bezerra
Coelho chegou a comunicar ao Palácio do Planalto que
deixava seu cargo "à disposição" mas foi mantido no
posto por Bolsonaro. Ele nega as acusações.

> Sérgio Petecão(PSD-AC)
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