Clipping Banco Central (2020-10-16)

(Antfer) #1

Indicador do BC mostra desaceleração do PIB


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Economia
sexta-feira, 16 de outubro de 2020
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Autor: » MARINA BARBOSA


Considerado uma préviado Produto Interno Bruto(PIB)
do Brasil, o Índice deAtividade Econômica(IBC-Br) do
Banco Central (BC)cresceu 1,06% em agosto. O
resultado indica uma desaceleração da recuperação
econômica eveio abaixo das expectativas demercado,
que ainda vê o país emrecessão, apesar de o ministro
daEconomia, Paulo Guedes, dizerque a economia está
“voltandoemV” da pandemia de covid-19.


Essa é a quarta alta consecutiva do IBC-Br, após o
choque dapandemia de covid-19. A expectativa do
mercado, contudo, eraque a “prévia do PIB”
registrasseelevação de 1,7% em agosto, jáque a
recuperação econômica vinha mostrando mais vigor
antesdisso. Ainda de acordo com o BC,depois de um
baque histórico de9,27% em abril, o indicador
haviaapresentado altas de 1,68% emmaio, de 5,33% em
junho e de3,71% em julho. “Vem perdendoforça”,
comentou o economista-chefe da Necton
Investimentos,André Perfeito.


O IBC-Br de agosto tambémdemonstrou que a atividade
econômica brasileira ainda está3,92% abaixo do
patamar observado no mesmo mês de 2019. Eapontou
uma contração de 5,44%no acumulado deste ano. Por
isso, a economia segue abaixo dopatamar observado
antes da pandemia do novo coronavírus. Segundo o
BC, o IBC-Br marcou134,05 pontos em agosto. Já
emfevereiro, estava em 139,92 pontos. “A economia
brasileira aindatem um bom caminho para trilhar até
retornar aos patamaresverificados no início do ano”,
avaliou o economista da Guide Investimentos Alejandro
Ortiz.

O analista lembrou que a recuperação econômica
brasileiravem se dando de forma desigual,como já havia
indicado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) nesta semana. Segundo os dados setoriais do
IBGE,o comércio já reverteu todas asperdas sofridas na
pandemia e aindústria está quase lá. Os serviços, que
representam dois terçosdo PIB do Brasil, por sua vez,
ainda estão 9,8% abaixo do nívelpré-covid, já que
atividades, como a dos bares e restaurantes,dos hotéis
e do transporte de passageiros, dependem de
maiorcontato físico, que segue restritomesmo com a
flexibilização doisolamento social.

E os economistas temem quea recuperação econômica
desacelere ainda mais nos próximosmeses. Afinal,
estímulos quetêm ajudado o comércio e a indústria,
como o auxílio emergencial, estão diminuindo; arenda
da população brasileiracontinua pressionada pelo
desemprego em alta; os investidores também seguem
com incertezas em relação à sustentabilidade fiscal do
Brasil; e parte dosserviços pode só voltar
completamente ao nível pré-pandemiaapós a vacina da
covid-19.

“Ao que tudo indica, a velocidade da recuperação irá
desacelerar ao longo do segundo semestre”, afirmou
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