Clipping Banco Central (2020-10-17)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 17 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

De acordo com ele, o governo está notando os sinais do
mercado, que vem reagindo negativamente a cada
movimento de rompimento de regras fiscais. Para o
ministro, o país precisa reequilibrar as contas públicas j
á em 2021.


"O mercado está vendo problemas, vendo pessoas
querendo quebrar o teto [de gastos] , pessoas com más
políticas querendo usar as doenças como desculpa para
políticas populistas. Queremos ouvir os sinais do
mercado e agir corretamente", disse Guedes.


Segundo o ministro, a prorrogação do auxílio em 2021
não é vontade do governo.


"Não é o que o presidente disse, não é o que o ministro
quer de maneira alguma. Temos de ter responsabilidade
pelo nosso Orçamento e mostrar que temos
responsabilidade e força para pagar pela nossa própria
guerra, e não deixar [a conta] para nossos filhos."


Em uma das respostas, porém, Guedes disse que as
decisões em democracias são descentralizadas,
sugerindo que uma decisão sobre o assunto poderia vir
do Congresso.


Aliados vão de encontro ao ministro. "Não terá como
não prorrogar [o decreto de emergência], mas assim
como o oxigênio é fundamental para quem está
intubado, o emprego é fundamental ao cidadão,
precisamos ter a retomada econômica", disse o senador
Wellington Fagundes (PL-MT).


O congressista integra a comissão que analisa os
gastos da Covid-19 e a que trata da reforma tributária.
Fagundes é da base do governo Jair Bolsonaro (sem
partido).


Segundo ele, é necessário que o governo encontre uma
fonte de recursos para bancar o Renda Cidadã.
Enquanto isso, para ele, a prorrogação do decreto de
emergência é a solução mais viável.


Na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-
R)), já disse ser contra a prorrogação. No Senado, o


presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) , não
se manifestou.

O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC
Emergencial, que vai incluir a criação do Renda Cidadã,
já afirmou que qualquer que seja a proposta para o
programa, causará incômodos.

Para bancar o Renda Cidadã, a equipe do presidente
busca cerca de R$ 20 bilhões. O governo estima que 8
milhões de pessoas devem ficar sem auxilio no início do
ano, caso o programa não seja criado.

O senador pretendia apresentar o relatório no início de
outubro, mas, depois de divergências tanto com a
equipe econômica quanto com líderes partidários,
decidiu deixar para depois das eleições.

Ao investidores, Guedes disse que, se não houver
Renda Cidadã, é melhor deixar tudo como está. "Se não
conseguirmos encontrar espaço para fazer um
programa melhor, vamos voltar ao Bolsa Família. É
melhor do que tentar fazer um movimento louco e
insustentável", afirmou.

Congressistas propõem Renda Cidadã escalonado

Brasília Sem solução ainda para complementar o valor
necessário para criar o Renda Cidadã, congressistas da
base aliada propuseram ao governo que seja realizado
um escalonamento no valor pago pelo programa.

A ideia apresentada ao ministro Paulo Guedes trata de
um pagamento de R$ 200 em 2021, um intermediário de
R$ 250 em 2022 e o benefício máximo de R$ 300 em
2023.

O último montante já estaria previsto no Orçamento de
primeiro ano do próximo governo. Jair Bolsonaro tem
dito a aliados que quer um beneficio perto de R$ 300,
valor pago hoje no auxílio emergencial.

A proposta foi levada a Guedes pela senadora Kátia
Abreu (PP-TO), que estava acompanhada do senador
Antonio Anastasia (PSD-MG).
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