Clipping Banco Central (2020-10-17)

Incerteza fiscal leva dólar a subir 2,12% na semana

Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia

sábado, 17 de outubro de 2020

Banco Central - Perfil 1 - Bolsa de Valores

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Autor: GABRIEL MARTINS

As incertezas em relação ao futuro da política fiscal
brasileira e o avanço da Covid-19 na Europa garantiram
mais uma rodada de valorização do dólar comercial. A
moeda americana subiu ontem 0,3%, cotado a R$
5,643, acumulando um ganho de 2,12% frente ao real
na semana encurtada pelo feriado de segunda-feira. Na
Bolsa de Valores, o principal índice do mercado perdeu
0,75% ontem, encerrado os negócios aos 98.309
pontos. O desempenho acabou garantindo uma
valorização de apenas 0,84% no acumulado dos últimos
quatro pregões.

O pregão de ontem foi mais positivo nos mercados
internacionais, mas a Bolsa brasileira não acompanhou
seus pares. A informação de que a Pfizer pretende
solicitar uma aprovação para o uso emergencial de sua
vacina contra a Covid-19 nos EUA já em novembro
garantiu uma alta de 3,83% das ações da companhia
em Nova York. Ao final dos negócios, o índice Dow
Jones teve ganho de 0,39%.

O mercado brasileiro não consegue acompanhar esta

toada. Isso ocorre por causa das incertezas fiscais no

país. Os investidores ainda observam com muita cautela

o endividamento do país e qual será a solução

apresentada para resolver este quadro - destacou Ilan

Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

O que pesou mesmo para o comportamento dos

mercados foi a percepção crescente de quadro fiscal

deteriorado e sem ações e/ou definições resumiu o

economista-chefe do banco digital Modalmais, Álvaro

Bandeira, em relatório encaminhado para clientes.

PETRÓLEO EM QUEDA

Além das preocupações com o futuro da política de

ajuste das contas públicas brasileira, a Bolsa de

Valores acabou fechando no vermelho ontem por conta

do desempenho das ações da Petrobras e do setor de

bancos.

Diante da queda no preço do barril de petróleo tipo

Brent (referência internacional), que fechou a US$

42,93, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) e

preferenciais (PN, sem direito a voto) da estatal

recuaram, respectivamente, 2,48% e 2,13%.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo

(Opep) e seus aliados temem que uma segunda onda

prolongada da pandemia de Covid-19, junto com um

salto na produção da Líbia, possa empurrar o mercado

de petróleo para um excesso de oferta no ano que vem.

O panorama consta de documento confidencial obtido

pela agência Reuters, que indica um panorama mais

sombrio do que o projetado há apenas um mês.

Pelo lado dos bancos, os papéis ordinários do Banco do

Brasil caíram 2,54%, enquanto as ações preferenciais

do Bradesco e do Itaú Unibanco perderam 1,98% e

1,62%, respectivamente.

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