Clipping Banco Central (2020-10-17)

(Antfer) #1

Bolsa fecha em queda e dólar vai a R$ 5,64


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Economia
sábado, 17 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Bolsa de Valores

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Autor: SIMONE KAFRUNI


A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou ontem
em queda e dólar, com alta de 0,32%, cotado a R$ 5,64
para venda. Na semana, o dólar acumulou valorização
de 2,12%. O Ibovespa, principal índice de lucratividade
da Bolsa paulista, recuou 0,75% na sexta-feira, para
98.309 pontos. A perda pontual, no entanto, não anulou
os ganhos de duas semanas seguidas de alta. Em
outubro, o Ibovespa registra valorização de 3,92%. No
ano, porém, contabiliza queda, de 14,99%.


O movimento do pregão foi pressionado pela baixa dos
papéis da Petrobras e de bancos. Juntas, a estatal e as
instituições financeiras respondem por 23,39% da
carteira teórica do Ibovespa. A petroleira seguiu a queda
dos preços do petróleo. O barril do Brent caiu 0,83% a
US$ 42,80, enquanto o barril do WTI recuou 0,51% a
US$ 40,75. Assim, as ações ordinárias da Petrobras
recuaram 2,48%, cotadas em R$ 19,30. As preferenciais
caíram 2,13%, precificadas em R$ 19,33.


Para o economista da Messem Investimentos Gustavo
Bertotti, o movimento do petróleo é reflexo das novas


medidas restritivas anunciadas na Europa e nos
Estados Unidos, por conta do aumento dos casos de
covid-19. "Petróleo é balizador da retomada de
mercados. O aumento dos casos tem preocupado os
investidores, o que interrompeu o tom de recuperação
que vinha na Bolsa brasileira", disse.

O setor financeiro e o educacional também recuaram.
"Algumas ações do setor de educação caíram bastante,
cerca de 4%, também em decorrência desses novos
casos de contaminação. Isso deve pesar na abertura do
mercado na próxima segunda-feira", afirmou. A
expectativa em relação às eleições norte-americanas e
o impasse sobre o pacote de estímulo econômico do
governo dos Estados Unidos, por conta do quadro
eleitoral, devem aumentar a volatilidade dos mercados
na semana que vem, segundo Bertotti.

Câmbio

No mercado doméstico, a preocupação é com as contas
públicas. "A relação dívida pública/PIB (Produto
Interno Bruto) está crescendo muito, por isso a
desvalorização da moeda ante o dólar. Embora haja
perspectiva de injeção de US$ 1,3 bilhão de capital
estrangeiro em outubro, o deficit é muito grande. Por
isso, o dólar não perde força", ressaltou.

O dólar comercial subiu 0,34% a R$ 5,642 na compra e
a R$ 5,643 na venda acumulando valorização de 2% na
semana. O dólar futuro com vencimento em novembro
registrou alta de 0,71%, a R$ 5,656 no after-market,
após o fechamento do mercado, o que indica a
tendência da moeda.

Os juros também subiram forte. No mercado de juros
futuros, o contrato DI para janeiro de 2022 subiu 13
pontos-base, para 3,42%; o DI para janeiro de 2023
avançou 16 pontos-base, a 4,81%; o DI para janeiro de
2025 teve alta de nove pontos-base, a 6,63%; e o DI
para janeiro de 2027 fechou com variação positiva de
seis pontos-base a 7,54%.
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