Clipping Banco Central (2020-10-17)

(Antfer) #1

Guedes insiste em nova CPMF


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Economia
sábado, 17 de outubro de 2020
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Autor: MARINA BARBOSA


O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não
descarta a criação de um imposto digital para
compensar a desoneração da folha de pagamentos.
Segundo ele, a proposta "continua sobre a mesa".
Desde que assumiu o cargo, ele pretende criar um
tributo nos moldes da Contribuição Provisória sobre
Movimentação Financeira (CPMF), que incidia sobre os
saques das contas bancárias, inclusive, da poupança.


Essa nova CPMF seria sobre as transações financeiras
pelos meios digitais, podendo ter incidência tanto no
saque quanto nos depósitos. "Está sobre a mesa. Eu
não desisto facilmente das minhas ideias", disse o
ministro, na noite de ontem, em videoconferência
organizada pela XP Investimentos.


Guedes aproveitou o evento para responder à crítica do
ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga sobre o
assunto. Em entrevista à agência Bloomberg, Fraga
disse, na quinta-feira, esperar que Guedes desista da
criação do novo imposto. "É uma obsessão; do ponto de
vista macroeconômico, é um imposto péssimo", afirmou.


O ministro retrucou que, quando Fraga era conselheiro
do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o país
aumentou a carga tributária substancialmente, criando
PIS-Cofins e a CPMF. "O FHC foi o presidente que mais
aumentou imposto no país", criticou Guedes. E garantiu
que o governo não pretende aumentar a carga tributária
no Brasil, mesmo com a nova CPMF. Segundo ele, a
ideia é fazer uma substituição tributária, desonerando a
folha.

Uma das principais críticas de analistas ao novo
imposto é que, assim como a CPFM, ele vai estimular
as transações em espécie apesar de ter uma proposta
de ser digital. E é um imposto regressivo para a
economia, pois atinge uma base ampla e de forma
desigual, sem diferenciar ricos e pobres.

Renda CidadãPaulo Guedes voltou a defender a
integração e a revisão dos programas sociais já
existentes como uma forma de financiar o Renda
Cidadã, que deve substituir o Bolsa Família. Guedes
alegou que o novo programa precisa ser criado com
responsabilidade social. Caso contrário, segundo ele,
seria melhor voltar para o Bolsa Família. "Existem 27
programas que podemos juntar e focar a política onde
precisa, nos mais vulneráveis", afirmou o ministro,
durante a videoconferência. "Tem um programa potente
concentrado lá", disse.

Nesse sentido, Guedes voltou a defender propostas que
já causaram incômodo no governo, como a revisão do
abono salarial e das deduções de saúde do Imposto de
Renda Pessoa Física (IRPF). Para ele, fazer esses
ajustes é uma forma de abrir espaço para incluir mais
pessoas na lista de beneficiários e criar o novo
programa. (Com Rosana Hessel)

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