Clipping Banco Central (2020-10-17)

(Antfer) #1

Editorial Econômico São Paulo lidera a retomada da indústria


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sábado, 17 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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A produção industrial do Estado de São Paulo cresceu
4,8% entre julho e agosto e, embora ainda apresente
que da de 4,1% comparativamente a agosto de 2019,
destaca-se como a de maior influência na recuperação
do setor secundário no País. Um dos motores dessa
retomada foi a área de veículos, mas também foi
registrado um bom desempenho do segmento de
máquinas e equipamentos.


Na avaliação de Bernardo Almeida, gerente da
Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-Regional) do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
produção paulista foi quase totalmente retomada após o
baque decorrente da pandemia de covid-19. Em relação
a fevereiro, há uma modesta queda de 0,6% da
indústria paulista, que vem crescendo pelo quarto mês
consecutivo, período em que acumulou alta de 39,8%.


Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento
Industrial (Iedi), a recuperação paulista também foi
marcada pelo aumento da produção de produtos
alimentícios, sabões, detergentes, produtos de limpeza,
cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene, bem
como por coque, produtos derivados de petróleo e


biocombustíveis, além de farmoquímicos e
farmacêuticos.

Entre julho e agosto, a produção industrial cresceu em
12 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE. Além do Rio
de Janeiro, destacaram-se os Estados de Santa
Catarina, Ceará, Rio Grande do Sul e Amazonas, com
evolução superior à média nacional. O patamar pré-
pandemia já foi superado por Amazonas, Pará, Ceará,
Minas Gerais e Pernambuco.

Não só a indústria, mas a economia brasileira começa a
recompor o nível de atividade. Para isso é relevante a
retomada do varejo, que ajuda a preservar a demanda
de bens industriais. Em agosto, os indicadores das
vendas varejistas foram superiores aos de 12 meses
antes.

A dúvida está na sustentabilidade da alta depois que
forem encerrados os pagamentos do auxílio
emergencial, que recompôs a renda de dezenas de
milhões de famílias. Um bom exemplo da influência do
auxílio é a Região Nordeste, cuja produção industrial
cresceu 3% entre julho e agosto e 2,7%
comparativamente a agosto de 2019, mas ainda cai
5,5% em relação a fevereiro deste ano, antes, portanto,
dos efeitos da pandemia. O Nordeste é uma das áreas
mais beneficiadas pelo estímulo fiscal.

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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