Clipping Banco Central (2020-10-17)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 17 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais
Nacionais

Na tarde desta sexta, o conselho de ética recebeu uma
representação por quebra de decoro parlamentar contra
Rodrigues. Rede e Cidadania querem a cassação do
mandato.


"É importante que o Senado aja, e não deixe nas mãos
do Supremo a decisão", disse o senador Alessandro
Vieira (Cidadania-SE).


Imerso na campanha de seu irmão, Josiel Alcolumbre
(DEM) à Prefeitura de Macapá, o presidente do Senado
deve voltar a Brasília apenas neste fim de semana,
segundo sua assessoria.


Nem mesmo pelas redes sociais Alcolumbre se
manifestou sobre o caso envolvendo o senador flagrado
pela polícia escondendo dinheiro foram encontrados R$
33.150 na cueca, sendo R$ 15 mil entre as nádegas.


Integrantes da base aliada do governo defendem
cautela no afastamento. Ao mesmo tempo, também
cobram uma posição de Alcolumbre.


O líder do PR no Senado, Jorge Mello (SC), avalia que
o silêncio do presidente da Casa prejudica não só
apenas os parlamentares, mas a imagem do Senado.


"O Supremo tem de ficar na dele porque ele não é o
dono do mundo. O cara [Rodrigues] fez cagada, fez,
mas precisamos apurar e isso cabe ao Senado", disse.
"O Davi precisa falar conosco sobre isso. Não pode ficar
calado assim."


O conselho de ética é presidido pelo senador Jayme
Campos (DEM-MT), que não se pronunciou sobre o
pedido. Chico Rodrigues também integra o colegiado
como titular.


Em nota, o senador afirmou que irá provar sua
inocência. "Acreditando na verdade, estou confiante na
Justiça, e digo que logo tudo será esclarecido e provarei
que não tenho nada a ver com qualquer ato ilícito de
qualquer natureza."


Outro titular do colegiado que é investigado na mesma


operação é o senador Telmário Mota (Pros-RR). Contra
ele, contudo, não há representação no conselho. A
Folha tentou contato com Mota, mas não obteve
retorno.

Em paralelo, ganhou força no Senado a captação de
assinaturas para uma PEC (proposta de emenda à
Constituição) para limitar os poderes do Supremo.

De autoria do senador Oriovisto Guimarães
(PodemosPR), a proposta quer impedir que ministros,
com base em liminar e decisão monocrática, possam
interferir em processos em andamento e também ações
de outros Poderes da República.

Será a segunda tentativa de aprovação da proposta, já
rejeitada em plenário em 2019.

Na tarde de sexta, a PEC já tinha 21 assinaturas
favoráveis - 6 amenos do que o número necessário.
Guimarães espera conseguir as 27 assinaturas até
segunda-feira (19).

"O Supremo está se transformando em tribunal do crime
e interferindo em Poderes. Isso tem de acabar", disse o
autor da proposta.

O apoio à PEC cresceu com os casos Rodrigues e
André de Oliveira Macedo, 43, conhecido como André
do Rap. Ele é um dos líderes do PCC (Primeiro
Comando da Capital) e está foragido desde a decisão
monocrática de Marco Aurélio Mello.

"Não estou julgando o que ele [Rodrigues] fez, isso está
errado. Agora, um ministro [do STF] para tomar uma
decisão dessas, precisamos ter conhecimento dos fatos,
e não temos", disse o senador Nelson Trad (PSD-MS).

Quem também defendeu a aprovação da PEC, na
esteira da decisão que determinou afastamento do
senador Rodrigues, foi o líder do PSL, Major Olímpio
(SP) "Foi absolutamente intempestiva, eu diria até
inconstitucional, a decisão monocrática do ministro
determinando o afastamento do senador Chico
Rodrigues", afirmou.
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