Clipping Banco Central (2020-10-17)

(Antfer) #1

Consumidores temem fraude e sequestro-relâmpago com Pix


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 17 de outubro de 2020
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Autor: Isabela Bolzani


são paulo Menos de 15 dias após a abertura para o
registro de chaves, o Pix já contabiliza mais de 39
milhões de cadastros. Muitos consumidores, porém,
ainda se mostram receosos em relação ao novo sistema
de pagamentos instantâneos do Banco Central.


Dúvidas sobre a segurança surgiram nos últimos dias, à
medida que os pedidos para cadastro no Pix
apareceram em aplicativos de instituições financeiras e
de pagamento.


"O que me assusta é a impressão de que meus dados
não estão seguros o suficiente. O Pix pode facilitar para
o bem, mas e se facilitar para o mal também?" diz a
estudante Marina Schtdeze Lima, 24.


Segundo o BC, as transações do Pix serão
criptografadas e feitas por meio de uma rede protegida
e separada da internet. O sistema permitirá transações
24 horas por dia, sete dias por semana, de maneira
gratuita e imediata.


Hoje, quando alguém faz uma transferência bancária,
precisa de nome, CPF ou CNPI, número da conta e
agência do recebedor. No novo sistema, será preciso
informar apenas os dados da chave, que podem ser um
desses quatro: CPF, celular, email ou EVP (chave
aleatória gerada pelo BC).

Nenhuma das chaves Pix serve para saques ou
retiradas.

Especialistas ouvidos pela Folha dizem que, apesar de
existir a possibilidade de que alguns funcionamentos
ainda precisem de correção, o novo sistema já deve
começar preparado para mitigar riscos.

"É normal que alguns problemas surjam e a roda seja
consertada com o carro andando", afirma o analista da
Kaspersky Fábio Assolini.

Na prática, haverá duas camadas de segurança mais
visíveis ao consumidor. Tanto no primeiro acesso ao
app quanto ao confirmar a transação, ele precisará
informar a senha ou fazer a autenticação por biometria.
"O desenho de segurança j á começa suficiente e com
funcionalidades para abarcar o varejo", diz Caio
Fernandes, chefe-adjunto do departamento de TI do BC.

No início deste mês, a autoridade monetária decidiu que
pelo menos até fevereiro de 2021 as transações pelo
Pix terão limite de valor conforme titularidade e horário.

Mas, para Aldo Cabral Scaglione, 57, que trabalha com
telecomunicações, o sistema ainda é muito vulnerável a
fraudes. "Não digo que o sistema não é confiável, mas a
vulnerabilidade existe. As fraudes na internet são
muitas, por phishing ou por outros meios", afirma.

Phishing são tentativas fraudulentas de obtenção de
dados e senhas por meio de sites e emails disfarçados
de entidades e instituições confiáveis.

Até a última quarta (14) a Kaspersky identificou pelo
menos 105 domínios falsos na internet com o nome do
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