Clipping Banco Central (2020-10-18)

(Antfer) #1

Maia é contra prorrogar benefício


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
domingo, 18 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Najara Araujo/Camara dos Deputados


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
afirmou que "não existe" a possibilidade de prorrogação,
por mais três meses, do estado de calamidade,
decretado por causa da pandemia do novo coronavírus.
Segundo o deputado, isso significaria prolongar, pelo
mesmo período, a Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) do Orçamento de Guerra, o que "seria uma
sinalização muito ruim quanto à âncora fiscal".


A princípio, o estado de calamidade pública terminará
no fim de dezembro de 2020. No Congresso, no
entanto, há articulações para que ele abarque mais três
meses, o que abriria espaço para que benefícios ligados
à PEC de Guerra também durassem para além de 2020.


Ao avaliar a questão, Maia lembrou que o orçamento
primário brasileiro tem hoje "pouca gordura", o que afeta
a capacidade do governo de manter o auxílio
emergencial -- lançado durante a pandemia -- por mais
tempo. De acordo com o presidente da Câmara, há


quem avalie ser possível "empurrar" mais o auxílio para
o próximo ano, sem que haja problemas. Ele, no
entanto, vê a questão de outra forma. "A estrutura
criada para enfrentar a pandemia tem data para acabar,
em dezembro de 2020", disse ele, que participou de
evento virtual da XP Investimentos. "Se houver
mudança, vai afetar muito mais a vida dos brasileiros",
emendou.

De acordo com Maia, se ocorrer a prorrogação do
auxílio emergencial para além de 2020, o governo
federal vai "pagar a conta com sua popularidade".
"Quando aprovamos a PEC da Guerra, contratamos o
período para despesas extraordinárias. Isso está dado.
A Câmara não vai votar a prorrogação do estado de
calamidade, porque não vê necessidade", reforçou.

O deputado lembrou, ainda, que os mandatários de
cargos públicos "estão eleitos para construir soluções".
"E se as soluções fossem simples, não precisavam de
representantes", comentou. O parlamentar citou a
possibilidade de se criar um programa de renda mínima,
como deseja o governo de Jair Bolsonaro, por meio da
redução de incentivos fiscais. Reconheceu, porém, que
isso "não é nada fácil, infelizmente".

Ele também afirmou que os debates em relação à
chamada PEC Emergencial não podem estar ligados ao
novo programa de renda. "Falhamos um pouco na
redação da PEC, porque gatilhos são acionados depois
do caldo entornado", destacou, em referência a
mecanismos a serem disparados quando o teto de
gastos for colocado em risco. "A regulamentação do teto
de gastos, através da PEC Emergencial, tem peso
maior."

CPMF

Maia recusou-se a comentar as declarações do ministro
da Economia, Paulo Guedes, que, na sexta-feira,
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