Clipping Banco Central (2020-10-18)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
domingo, 18 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Ministério da Economia

oferecerem seus produtos no marketplace da rede.
Segundo o Magalu, a iniciativa já atraiu cerca de 7 mil
participantes, 60% deles MEIs, que venderam no último
trimestre R$ 1,8 bilhão. O Sebrae também avalia
parcerias semelhantes com as Lojas Americas e o
Mercado Livre, além de ter projeto para um marketplace
próprio.


Melles, porém, teme por uma alta significativa na
extinção de empresas pela Receita Federal ainda este
ano em razão de inadimplência. O Sebrae tenta
negociar uma "moratória" das dívidas até o próximo
ano.


O País fechou o segundo quadrimestre com 19,289
milhões de empresas ativas, sendo 90% de pequeno
porte e MEIs. Em setembro, houve novo saldo positivo
de 252,8 mil empresas.


O crescente número de microempreendedores também
impulsiona outras empresas. A Compufour, de
Concórdia (SC), oferece cursos e softwares de gestão
e, em maio, criou o ClippMei, ferramenta específica para
gerenciamento de MEI. O presidente da empresa,
Wagner Müller, conta que atraiu 1,2 mil clientes até
agora, além de registrar alta de 10% na clientela de
micro e pequenas empresas.


O QUE ELES DIZEM


Kellen Chagas e Felipe Augusto, donos da Adorê
Comedoria


'Não volto mais a trabalhar em banco


Bancária por 19 anos, Kellen Chagas teve o salário
reduzido no início da pandemia com o corte das
gratificações. O marido, o personal trainer Felipe
Augusto, perdeu alunos e também viu o rendimento
despencar. Para tentar garantir uma renda extra,
decidiram vender risotos e tábuas de queijo, pratos que
eles costumavam preparar e sempre eram elogiados por
amigos.


"No começo, vendíamos de três a quatro pratos por dia,


mas logo passamos para 12 a 15", conta Kellen. O casal
de Goiânia (GO), que prepara os alimentos em casa,
abriu a empresa Adorê Comedoria. Há um mês, Kellen
pediu demissão do banco para se dedicar ao negócio e
foi convidada por um amigo para outro projeto, de
transformar uma distribuidora de bebidas em gastrobar,
local que serve bebidas, petiscos e tábua de frios.

"O bar foi inaugurado no dia 6 deste mês e tivemos,
inclusive, de dar uma parada no Adorê, mas até o fim do
ano vamos abrir um local físico para ele também",
informa Kellen, que diz já estar tendo retorno financeiro
com os negócios.

"O bar tem bom movimento e até teremos um show ao
vivo, tudo muito controlado", afirma ela, que é formada
em Economia e tem 39 anos. "Não volto mais para o
banco."

--

João César Nogari, que criou empresa de identificação
visual

'Meu sonho é ampliar e poder empregar mais

A corrida pelo ambiente virtual provocada pela
pandemia levou o estudante de 19 anos João César
Nogari a despertar o desejo de ser microempreendedor
na área de design e marketing digital. Com as aulas
suspensas na faculdade e sem interesse em seguir o
curso online, ele trancou a matrícula do curso de
Administração, abriu uma MEI em agosto e passou a
oferecer serviços como criação de sites, controle de
rede social e identificação visual. "Comecei fazendo
para amigos, mas um foi falando para o outro e
apareceram vários interessados", conta Nogari, que
hoje tem 20 clientes para os quais oferece serviços
eventuais, e sete fixos. Com o trabalho, diz ele, ganha
mais de um salário mínimo por mês e, como mora com
a mãe em Curitiba (PR), não tem tantos gastos. "Dá
para me manter, mas meu sonho é me profissionalizar,
ampliar a empresa e poder dar emprego a outras
pessoas."
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