Clipping Banco Central (2020-10-18)

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Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
domingo, 18 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Guilherme Benchimol Diversidade é caminho sem volta
e torna as empresas melhores


são paulo Desde julho, quando divulgou a meta de
chegar a 2025 com mulheres ocupando 50% da equipe,
em todos os níveis hierárquicos, a XP afirma que elas já
representam 40% das novas contratações. Em
setembro, o recrutamento feminino triplicou em relação
à média do primeiro semestre, segundo a empresa Para
Guilherme Benchimol, presidente da XP, o aumento da
participação das mulheres na companhia é um caminho
sem volta.


"Essa é a grande pauta que os empresários precisam
entender. A despeito da inclusão, de termos de ajudar a
construir, a defender as minorias e fazer a sociedade
mais justa, diversidade deixa a empresa melhor", afirma
ele.


Atualmente, dentre as 13 cadeiras no conselho de
administração da empresa, apenas uma é ocupada por
mulher. Benchimol acredita que a meta de equilibrar em
50% pode ser alcançada antes de 2025. "Só de
botarmos a boca no trombone, já faz com que muita


coisa aconteça", diz.

Como nasceu a ideia de aumentar a presença feminina
na empresa? AXP sempre foi meritocrática. O ponto de
partida foi perceber que realmente a diversidade
deixava a empresa melhor. Mais de 50% da população
é mulher. Times diversos entregam mais resultado no
final. E diversidade não é só homem e mulher.

Essa foi a ficha que caiu para nós. Agente começou a
medir internamente as equipes e percebeu que aquelas
que entregaram mais resultados tinham mais
diversidade.

Não tem como negar que o mercado financeiro é um
ambiente mais masculino e pouco inclusivo.

Então, se a gente quisesse montar uma empresa cada
vez melhor para o nosso cliente, diversidade era um
tema que teria que estar na pauta. Não apenas pela
inclusão, mas também ficou evidente que a empresa ia
ser melhor.

Essa é a grande pauta que os empresários precisam
entender. A despeito da inclusão, de termos de ajudar a
construir, a defender as minorias e fazer a sociedade
mais justa, diversidade deixa a empresa melhor.

O que aconteceu desde o início do programa em julho?
O compromisso é chegar a 2025 com 50% de mulheres
na empresa em todos os cargos. Hoje temos 24%. Já
temos em diretoria e conselho. De julho para cá temos
contratado muito mais mulheres do que antes. Chegou
a 40% das novas contratações. Temos que crescer
mais, senão, não chega na meta de 2025. A cada mês
vamos aumentando a barra.

Tem uma série de iniciativas para tentar descaracterizar
que o mercado financeiro é só para homens porque tem
uma questão cultural. Quanto mais a gente mostra isso,
a gente percebe como é grande a quantidade de
mulheres que adorariam entrar no mercado financeiro
mas não tinham oportunidade.
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