Clipping Banco Central (2020-10-18)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
domingo, 18 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Destaques Jornais
Nacionais

não é minimizar a pandemia? Não estou minimizando,
estou dizendo que o poder público errou nas atitudes
que tomou. Nós quebramos a economia e
desempregamos uma quantidade imensa de pessoas.


Mas 150 mil mortes... Não acho pouco, acho muito. Mas
todo mundo achava que ia ser muito mais. Sinto pelas
famílias.


Se achavam que ia ser mais, o poder público agiu
corretamente, não? Não. Nós quebramos o país. O
país, não, mas São Paulo e o estado de São Paulo
estão quebrados. Tinham as contas em ordem e estão
quebrados. A prefeitura vai perder R$ 2 bilhões [de
arrecadação]. Precisamos voltar a gerar empregos. Tem
que trazer de volta as empresas, que foram embora
porque o imposto aqui é alto.


O sr. propõe reduzir a cobrança de ISS no momento em
que a arrecadação cai. Como a conta vai fechar?
Gradativamente. Tem 5% e reduz para 4,5%, depois
mais um ano e reduz para 4%. As cidades do entorno
estão pujantes, as empresas estão indo para lá.


Em março, o sr. deu uma declaração de que, por causa
do risco, o certo era que as escolas fechassem. Mudou
de opinião? Não mudei. Agora a gente tem o quadro da
pandemia. Sabemos como criar proteções para evitar
ou tentar evitar o contágio, e agora está ficando difícil
para as crianças e para as mães.


A sua proposta é determinar o retorno imediato das
escolas? A minha proposta é, com segurança,
obedecendo à OMS, fazer o que tem que ser feito:
retomar a economia. Os pais precisam trabalhar.


Houve aumento na rejeição ao seu nome, e Bolsonaro
tem rejeição de 46% em São Paulo, segundo o
Datafolha. Isso preocupa o sr.? Não. Nós conversamos
bastante [apontando para Elsinho]. Pode falar. [Elsinho
toma apalavra e diz: "A rejeição do Bruno caiu, e ele
não assumiu o padrinho, [o governador João] Doria, que
é rejeitado. Todas as pesquisas dizem: a rejeição do
Lula, Doria e Bolsonaro é altíssima. E foi uma opção:
nós já apresentamos o padrinho, o aliado, de cara.


Assumimos o risco de ter rejeição. Mas não estamos
olhando pela rejeição, e sim pela aceitação".]

O sr., candidato, está assumindo o risco da rejeição? É
isso.

Há um histórico de aliados dele que foram fritados e se
afastaram. O sr não teme entrar na máquina de moer do
governo? Olha, nós somos amigos desde 1995. Amigos
de verdade. Não tenho preocupação nenhuma com
isso.

A Folha publicou que há insatisfação do Planalto com
sua candidatura porque, entre outras razões, o
Republicanos deu cinco votos favoráveis ao projeto de
reforma do governo Doria na Assembléia. Como o sr.
vê? O partido decidiu. Eu respeito. A minha posição
seria contra, porque não admito aumento de imposto.
Vai trazer recessão, desemprego, espantar os
empresários.

A narrativa é que a sua candidatura, apoiada por
Bolsonaro, tem o objetivo de brecar as ambições de
Doria para 2022. É isso? Pergunta para o presidente.
Eu estou disputando a eleição de São Paulo.

O sr. disse que o presidente resolveu entrar na
campanha porque Covas está usando a prefeitura para
fazer uma frente anti Bolsonaro É verdade. Mas eu me
ative a isso.

Aliados seus enfrentam problemas, como é o caso de
Marcelo Crivella, no Rio, e Bolsonaro, com as questões
das rachadinhas, caso Queiroz, cheques para a
primeira-dama. Isso não é assunto. Desculpa. Vamos
voltar?

Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Tem uma
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