Clipping Banco Central (2020-10-19)

(Antfer) #1

Cresce preocupação das pessoas com o uso de seus dados


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Estúdio Folha
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Davos

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A tecnologia e o mundo digital, com todas as suas
conectividades, facilitam e muito a vida das pessoas.
Mas ao navegar na internet, visitar redes sociais, utilizar
um aplicativo ou fazer compras online ou mesmo
presencialmente as pessoas disponibilizam uma série
de dados sobre seus comportamentos, preferências,
lugares que frequentam ou grupos sociais de que fazem
parte.


Essa imensidão de dados - o chamado "bíg data"-,
alguns privados e sensíveis, se tornou um insumo de
alto valor comercial. Um estudo apresentado no Fórum
Econômico Mundial de Davos, em 2019, estima que o
compartilhamento de dados entre organizações e
empresas de diferentes países pode gerar US$ 3
trilhões anuais em termos de negócios e economias de
escala.


À medida que cresce, o uso desses dados se torna uma
preocupação a mais para seus reais donos. Uma
pesquisa internacional encomendada pela MasterCard
mostra que nove em cada dez pessoas consideram
importante a privacidade de seus dados. No entanto,
apenas um quarto dos entrevistados afirma que as


companhias estão fazendo um trabalho muito bom ao
lidar com essas informações.

Na opinião dos entrevistados, confiança é fundamental.
Entre os ouvidos pelo estudo no Brasil e na índia, a
maioria disse preferir produtos ou serviços de uma
empresa que seja transparente no uso dos dados.

Para contemplar a preocupação das pessoas e lidar de
forma ética com as informações a que tem acesso, a
MasterCard estabeleceu um código internacional de
responsabilidade de dados (" data Responsabílíty
lmperatíve", em inglês) com uma série de princípios que
orientam desde a coleta até o gerenciamento e o uso de
dados.

O código de responsabilidade da MasterCard parte do
princípio de que as informações são propriedade de
quem as gerou, portanto devem ser utilizadas a seu
favor e com seu consentimento. Isso, apesar de as
informações originadas das transações financeiras
serem todas criptografadas e tratadas para preservar os
dados de seu proprietário.

"Os indivíduos são os donos de seus dados pessoais,
têm o direito de controlar como essas informações são
compartilhadas e de se beneficiar do uso delas", afirma
Leonardo Linares, vice-presidente de Data & Service da
MasterCard Brasil. "E cabe às empresas proteger esses
dados", diz.

A empresa criou um portal internacional chamado My
Data, com o objetivo de permitir que consumidores em
todo o mundo possam conferir e gerenciar quais
informações pessoais são detidas pela MasterCard. O
controle do uso de dados - para fins de análises e
marketing- é feito por meio de formulários online,
incluindo ferramentas do tipo " opt-out " que permitem a
interrupção de abordagens indesejadas.

Todos os produtos incorporam os princípios de
responsabilidade por dados em seu processo de
desenvolvimento. Isso significa que não utilizam dados
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