Banco Central do BrasilO Globo/Nacional - Economia
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central0,5% ao ano. Atualmente, são 12 mil cotistas.
A Vitreo lançou um fundo cambial em março deste ano
e já tem 3,8 mil investidores. A aplicação mínima inicial
é de R$ 1 mil, com taxa de 0,05% ao ano.
No BTG Pactuai, a aplicação mínima é de R$ 500, e a
taxa anual, de 0,1%.
No entanto, ainda que a valorização do dólar seja
sedutora, analistas ressaltam que rentabilidade passada
não é garantia de ganho futuro.
O fundo cambial traz proteção, mas não é um
investimento para dar valorização patrimonial - diz
Gabriela, da Suno.
Devido à oscilação cambial, especialistas lembram que
uma opção é investir em aplicações que estejam
relacionadas a dólar.
Bancos e gestoras têm apostado, cada vez mais, em
produtos que replicam índices internacionais ou que
investem em empresas ou segmentos de peso no
exterior. Geralmente, os fundos dessas categorias têm
exposição à variação cambial. Dessa forma, ressaltam
analistas, são uma opção para quem busca proteção na
carteira e ganho a longo prazo.
No Itaú Unibanco, por exemplo, o fundo que busca
acompanhar a variação do índice americano S&P, com
exposição cambial, tem aplicação mínima de R$ 1 e
taxa de 0,8% ao ano.
Replicando o mesmo índice, o fundo da XP demanda
aplicação inicial de R$ 100, com taxa de 0, 5 % ao ano.
Ele já tem 46,4 mil cotistas e patrimônio líquido de R$
349,8 milhões.
Para aliar proteção à carteira e ganhos futuros, a melhor
estratégia não é o fundo cambial. O indicado são fundos
que contêm empresas atreladas ao dólar, seja porque
são exportadoras ou porque são estrangeiras, além de
fundos de índices, que replicam o desempenho de
Bolsas no exterior - diz Gabriela.
Dexheimer concorda com a estratégia de aplicar em
fundos que invistam no exterior e tenham a proteção da
exposição cambial, o chamado hedge: - Fundo cambial
não é a única opção para ter exposição a dólar. As
oscilações do mercado e o juro baixo acordaram uma
parte dos investidores, fazendo-os buscar novas
alternativas para proteger a carteira e ainda ter ganhos.
Fundos que investem no exterior e têm hedge em dólar
são boas opções e têm crescido.APLICAÇÃO EM BDRSEm setembro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
passou a permitir que empresas estrangeiras listadas na
B3 fossem acessadas por investidores com menos
recursos. Antes, isso era restrito a pessoas com
patrimônio acima de R$ 1 milhão.Isso é feito por meio dos Brazilian Depositary Receipts
(BDRs), certificados de depósito de valores mobiliários
negociados na B3 com lastro em ações estrangeiras.A medida do xerife do mercado brasileiro amplia a
possibilidade de investir em companhias do exterior.
Entretanto, mesmo com um maior acesso a mercados
mais sofisticados, os especialistas alertam que continua
sendo importante manter uma parcela da carteira em
renda fixa, mesmo que os ganhos estejam abaixo do
esperado.A demanda por fundos Dl, por exemplo, sempre vai
existir. Não existe alternativa para o dinheiro de
emergência. Agora, ter todos os investimentos somente
em aplicações conservadoras pode não ser o ideal.
Diversificar é a melhor alternativa para buscar ganhos
melhores - avalia Dexheimer.Algo totalmente desaconselhado por especialistas é a
compra de papel-moeda.Ao comprar o dólar físico, a pessoa ainda tende a pagar
mais caro, uma vez que vai comprar o turismo, cuja
cotação é mais alta que a do comercial. Além disso, não
é razoável imaginar que é possível saber o momento