Recuperação da China sustenta economia global
Banco Central do Brasil
O Globo/Nacional - Economia
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
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A recuperação econômica da China depois de ter sido
fortemente atingida pela pandemia de Covid-19 ajuda a
sustentar uma economia global que enfrenta sua pior
crise desde a Grande Depressão, nos anos 1930.
Analistas estimam que, no terceiro trimestre, tenha
havido crescimento nas vendas do varejo, nos
investimentos e na produção industrial, o que indicaria
uma recuperação mais ampla.
Por trás dessa recuperação está uma estratégia
agressiva para conter a expansão do coronavírus, o que
permitiu a reabertura rápida das fábricas. Estas ainda
foram beneficiadas pela forte demanda global por
equipamentos médicos e tecnologia para trabalho
remoto, permitindo que os exportadores conquistassem
uma fatia recorde do mercado entre janeiro e julho.
Além disso, Pequim preferiu focar em ajuda direcionada
a empresas, um contraste com os estímulos monetários
adotados na crise financeira global, deflagrada em
2008.
A China está ajudando o mundo de uma forma diferente
- disse Shen Jianguang, economista-chefe da gigante
do e-commerce JD.com. - Com a economia em
desaceleração, não seria possível adotar outro estímulo
em 2020. Em vez disso, fez o trabalho atuando como
"fornecedor de última instância".
Segundo cálculos da Bloomberg, feitos com base em
dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o
peso da China no crescimento global deve passar de
26,8% em 2021 para 27,7% em 2025 - contra 27,9% de
todas as outras economias somadas.
A China aposta agora no crescimento de setores como
bens de consumo, tecnologia e serviços, como sinalizou
pelo presidente Xi Jinping na semana passada, Isso
tornará esse ciclo diferente daquele posterior a 2008,
quando houve uma explosão de crédito, diz Cui Li,
diretora de Pesauida da CCB International Holdings: - A
ausência de uma expansão do crédito fará com que
essa recuperação seja mais sustentável.
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