Clipping Banco Central (2020-10-19)

(Antfer) #1

A privatização da CEB


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Opinião
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: » RODRIGO ROLLEMBERGEx-governador do
Distrito Federal


A gestão da CEB iniciada em 2015 no meu governo
caracterizou-se por expressivos avanços nos serviços
prestados à população bem como no campo
econômico-financeiro. Tais evidências podem ser
constatadas por meio da simples verificação de
indicadores quando comparados os registrados em
2014 com os alcançados em 2018. Bem como pelo
reconhecimento do setor elétrico nacional, comprovado
em prêmios concedidos à CEB, e da sociedade do DF,
avaliada em pesquisas sobre a prestação dos serviços.


Em 31 de dezembro de 2014, a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) definiu a situação da CEB como
insustentável, uma vez que a empresa apresentava
prejuízo acumulado de R$ 314,1 milhões e registrava
estrutura patrimonial comprometida, em que os recursos
de terceiros representavam 90% do total do passivo.
Por essas razões solicitei, nos primeiros meses de
governo, a elaboração de um plano de trabalho que
resgatasse a CEB das incômodas e impróprias
situações relativas aos indicadores, estabelecendo


gestão técnica na empresa, sem interferência externa.

Não foi por outro motivo que, após a aprovação do
plano, conseguimos a renovação da concessão por
mais 30 anos, mantendo a CEB como patrimônio da
população do DF. A partir daí, com ampla mobilização
do corpo de empregados e do diálogo e determinação
empreendidos pela administração, foi iniciada a
implantação do Plano de Resultados, com sucesso.
Praticamente todos os indicadores do termo de
concessão foram atendidos e alguns superados.

Para ter uma ideia do alcance das medidas, o
patrimônio líquido da empresa deu um salto de R$ 49,9
milhões em 2014 para R$ 414,8 milhões em 2018.
Aumentou mais de 8 vezes em consequência de
sucessivos lucros no período.

Quanto à diminuição do endividamento a nível saudável
-- com a opção pela recuperação da empresa de
distribuição, voltada para o atendimento à população do
DF -- foi concebida a alienação dos ativos de geração
(participações acionárias fora do DF) para gerar caixa
suficiente para aporte definitivo na CEB Distribuição,
garantindo com isso sua sustentabilidade econômica. O
processo foi aprovado por unanimidade pela Câmara
Legislativa do Distrito Federal.

Na qualidade do atendimento, a CEB foi premiada com
o prêmio Índice Aneel de Satisfação do Consumidor
(Iasc) em 2015 e 2017. Em 2018, ficou em segundo
lugar. Em 2018, a entidade internacional latino-
americana Comissão de Integração Energética Regional
da América Latina (Cier) premiou a CEB entre 53
empresas de 14 países com o prêmio pela Maior
Evolução do Índice de Satisfação do Cliente com a
Qualidade Percebida, considerando as pesquisas
regionais de satisfação dos clientes.

Por sua vez, o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios (MPDFT) -- que em 2014 havia instaurado
inquérito civil público para "apurar irregularidades
consoantes ao descumprimento do art. 22 do Código de
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