Clipping Banco Central (2020-10-19)

(Antfer) #1

'O Pix beneficia quem luta por serviços mais justos


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - B3

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Autor: Mateus Apud


O setor bancário é conhecido por ser um dos mais
sólidos e resilientes à crise no Brasil. Porém, o
comportamento nesta pandemia foi diferente e, com
exceção do Banco Inter, todas as ações do setor
acumulam desvalorização em 2020. Enquanto os papéis
do Inter subiam quase 30%, todos os demais listados na
Bolsa seguiam na direção oposta (até o fechamento do
mercado na última de sexta-feira).


Segundo João Vitor Menin, CEO do Banco Inter, a
instituição conseguiu se diferenciar dos concorrentes
nesta crise com um modelo de negócio que foi definido
em 2016. "O Inter já tem o modelo de negócio pronto
para o 'novo normal", afirma o CEO.


Ações de bancos sempre são uma das mais resilientes
na crise, mas desta vez não conseguiram acompanhar a
recuperação do Ibovespa. Por quê?


Acredito ser uma composição de fatores, mas diria que
o principal seja que a pandemia deixou mais evidente
que os bancos tradicionais terão de se reinventar. O


modelo de negócios de agências e de estruturas tão
inchadas não faz sentido, principalmente quando
começamos a viver uma pressão deflacionária para o
setor. Temos visto discussões sobre redução de tarifas
e limitações dos juros do cartão de crédito e cheque
especial, que hoje pagam por essa ineficiência, mas o
futuro certamente não será assim. Acredito que o
mercado começou a perceber que os patamares de
retorno publicados por bancos nos últimos anos não
serão mais sustentáveis. Teremos um ambiente mais
competitivo, em que preço e experiência para o cliente
são fundamentais.

Por que o Inter conseguiu se diferenciar dos
concorrentes e é o único banco listado na B3 em alta no
ano?

O Inter já tem o modelo de negócio pronto para o "novo
normal", e a pandemia acabou confirmando a estratégia
que definimos anos atrás: ter foco no cliente, dividir o
valor gerado pela nossa eficiência com o cliente,
serviços digitais e ter estrutura de custos enxuta.
Entendemos que essa é a estrutura mais adequada
para a prestação de serviços financeiros.

Recentemente, o Nubank comprou a Easynvest. O Inter
também planeja um movimento de aquisições?

Com a realização do nosso último follow on, há pouco
mais de um mês, captamos R$ 1,2 bilhão. Um dos
objetivos dessa capitalização é também fazer
aquisições estratégicas, mas não buscamos grandes
nomes do mercado, numa estratégia de "blockbusters".
Nosso objetivo é reforçar áreas dentro de nossa
estratégia que ainda podemos desenvolver mais, trazer
mais expertise e inovação, principalmente para os
nossos braços de investimentos e marketplace. Então,
costumo dizer que não queremos trazer apenas
números ou comprar uma carteira de clientes. O foco
em um M&A seria trazer mais conhecimento e
tecnologia para aprimorar produto e serviço.

Qual é o maior risco para o Inter no momento?
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