coluna do broadcastagro
Banco Central do BrasilO Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - JurosClique aqui para abrir a imagemAutor: LETICIA PAKULSKI e CLARICE COUTO
Netafim vê cenário favorável a investimento em
irrigação
Juros baixos em um ano de safra cheia e preços
remuneradores das commodities agrícolas favorecem o
investimento, e a Netafim no Brasil prevê boas
oportunidades para projetos de irrigação ao longo da
safra 2020/21. "Há tempos não tínhamos essa
coincidência de fatores a favor do investimento", diz
Ricardo Almeida, novo CEO para o Mercosul. A
empresa, líder em irrigação por gotejamento, não abre
seus números por país, mas vê vendas 10% maiores
neste ano no Mercosul, onde o Brasil é o principal
mercado. Por aqui, a capacidade de produção crescerá
30% até dezembro e em 2021 a equipe técnica terá
incremento de 30% para maior aproximação com
produtores. A empresa atingiu 20 mil hectares irrigados
em 2020 e prevê crescimento de 15% para o ano que
vem. O atraso na regularização das chuvas e o
fenômeno climático La Nina, que está configurado e
pode causar clima mais seco no Sul do Brasil, sinalizam
para maior demanda por irrigação pelo menos até
meados de 2021.Para o Centro-Oeste.Depois de se consolidar nos segmentos de frutas e
vegetais, cana-de-açúcar e café, com atuação no
Sudeste e Nordeste, a Netafim busca ganhar fôlego em
grãos e fibras no Cerrado. A ideia é ajudar o produtor a
fazer uma terceira safra ou aumentar rendimento da
segunda. "Com irrigação, podemos viabilizar mais uma
safra no período seco, de cerca de cinco meses",
explica Almeida.De olho no arroz.A Netafim testa um modelo de irrigação por gotejamento
para arroz no Rio Grande do Sul e Santa Catarina,
substituindo a inundação. Segundo Almeida, pilotos
indicaram economia de 80% de água e a possibilidade
de uma segunda safra de outra cultura. "Fizemos o
projeto em caráter experimental nos últimos dois anos e,
a partir da safra 2021/22, queremos expandir para áreas
comerciais."Fôlego.Com as exportações de carne aquecidas no Brasil, a
Sanphar Saúde Animal, maior negócio do recém-criado
SAN Group, deve fechar o ano com faturamento 25% a
30% maior no País, de até R$ 130 milhões. Não é
pouca coisa considerando que representaria quase 40%
da receita global do grupo. "Estamos crescendo acima
do mercado", diz Marco Aurélio Gama, diretor-gerente
para a América Latina da Sanphar.Portfólio cresce.Os segmentos de biosseguridade, de produtos de
limpeza e desinfecção, e prevenção, caso das vacinas,
se destacam neste ano, diz Gama. A empresa reinveste
de 3% a 5% do faturamento em modernização e
equipamentos e, até o fim de 2020, terá mais três
produtos nas linhas de biossegurança e antibióticos