Clipping Banco Central (2020-10-19)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Folhainvest
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

Segundo Cárnio, a inclusão financeira traz benefícios.
"Há também um contexto social e educativo, existem
oportunidades do mercado financeiro e a construção de
educação financeira é superimportante."


"Seguramente milhões desses novos clientes manterão
suas contas e tendem a consolidar seu relacionamento
com os bancos", diz o presidente da Febraban
(Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney. "Os
bancos têm total interesse em atrair a população não
bancarizada. O acesso a serviços financeiros constitiú
um passo crucial para a inclusão social e para o
combate à desigualdade no país", afirma.


Segundo Sidney, as instituições financeiras vêm
desenvolvendo, ao longo dos últimos anos, formas de
ampliar a capilaridade de sua rede de atendimento para
aumentar o alcance dos serviços.


"Caixas eletrônicos, operações bancárias por telefone,
correspondentes bancários, além de internet e mobile
bantóng, são alguns exemplos dessas iniciativas", diz.


Mesmo com a digitalização de serviços financeiros, o
acesso à internet ainda é um obstáculo. De acordo com
a última pesquisa do IBGE sobre o tema, 20,9% das
residências brasileiras não tinham internet em 2018.


Além disso, segundo dados do BC, o número de
municípios sem atendimento bancário saltou nos últimos
anos. Hoje, são 2.345 cidades sem agência, 22,3%
amais que em20i2.


Há municípios que, além de não terem agência, não
contam com ponto de atendimento ou caixa eletrônico.


Isso dificulta ainda mais o processo de inclusão
financeira, especialmente para aqueles que não têm
acesso à internet. Atualmente, 380 cidades não têm
nenhum desses serviços.


O professor de finanças do Insper Ricardo Rocha critica
a qualidade dos dados disponíveis. "É difícil quantificar
quem é bancarizado. O dado do B C mostra quem tem


qualquer relacionamento bancário", afirma.

"Para mim, o bancarizado precisa ter pelo menos conta
corrente ou poupança e movimentar, pelo menos
parcialmente. Se isso fosse considerado, possivelmente
seriam mais de 50 milhões fora do sistema financeiro",
diz Rocha.

O BC afirmou, em nota, que, entre a população adulta, o
percentual de bancarizados é expressivo, já que quase
174 milhões de brasileiros têm mais de 14 anos.

Segundo a explicação, restam apenas 13 milhões de
brasileiros acima dessa faixa etária sem relacionamento
bancário.

Os cálculos da autoridade monetária, segundo
informado pelo BC, foram feitos com dados de julho
deste ano e não com os últimos divulgados pela própria
instituição, de setembro, e usados pela reportagem.

A justificativa, no entanto, não leva em conta a
quantidade de crianças (abaixo de 14 anos)
bancarizadas.

Dados com abertura por idade são divulgados
anualmente pela autarquia.

A última informação, de 2019, revela que 149 milhões
de pessoas com relacionamento bancário tinham mais
de 15 anos. No fim de dezembro, o total de
bancarizados era 164,6 milhões. Assim, 15,6 milhões
tinham 14 anos ou menos.

"Entre os cidadãos com relacionamento bancário, estão
inseridos os relacionamentos ativos (não encerrados)
que possuam saldos muito baixos ou que não registrem
movimentações por longos períodos", diz o BC, em
nota.

"Nesse sentido, espera-se que o Pix contribua para a
bancarização, por ser um sistema de pagamentos
aberto, que contará com mais de 700 instituições
participantes, de uso fácil e barato, e que permitirá a
maior utilização do sistema financeiro pela população",
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