Clipping Banco Central (2020-10-19)

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Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

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Autor: Joana Cunha com Filipe Oliveira e Mariana
Grazini


Escalada


Nova fronteira no radar dos investidores preocupados
com o avanço das mudanças climáticas, as fazendas
verticais, conhecidas no Japão e em outros destinos
menos favorecidos pela agricultura, ganham atenção no
Brasil. Trata-se de um modelo de cultivo de alimentos
em estantes para melhorar o aproveitamento do espaço,
em ambiente fechado com temperatura, água,
iluminação e oxigenação sob controle, por meio de
tecnologias que vêm se tornando mais baratas.


SECA


A técnica permite economia de 90% no uso de água e
um aumento de cinco vezes na produtividade, segundo
ítalo Guedes, pesquisador da Embrapa Hortaliças. Em
setembro, a Embrapa assinou contrato de dois anos de
pesquisas com a empresa 100% Livre para avaliar o
assunto.


FOME


A paulistana Pink Farms vem produzindo quatro
toneladas de hortaliças mensalmente para restaurantes
e o varejo. Geraldo Maia, sócio da empresa, planeja
lançar uma captação de recursos online em novembro
para buscar investimentos de até R$5 milhões e
financiar unidades maiores, capazes de produzir 800
toneladas por ano.

AR

Mas o consumo de energia e o custo por metro
quadrado da fazenda vertical ainda são maiores do que
no campo, diz Paulo Bressiani, da Fazenda Cubo, que
tem loja e produção no bairro de Pinheiros, em São
Paulo. "Ainda não dá para competir com a verdura na
feira. Por isso, nosso foco são variedades especiais e
de maior valor agregado", afirma.

RAIZ

Na Fazenda Urbana, a opção é produzir microverdes,
plantas que acabaram de deixar de ser broto, com três
dias desde a germinação. Com isso, é possível oferecer
produto de valor nutricional e preço viável, diz Rodrigo
Meyer, sócio da empresa. "Ninguém vai pagar mais caro
o pé de alface porque ele cresceu no ar-condicionado",
afirma.

HORIZONTE

Na semana passada, a startup americana Plenty
anunciou aporte de US$ 140 milhões do Softbank e da
empresa DriscolTs, um movimento visto como a
confirmação de que grandes investidores reconhecem a
viabilidade das fazendas verticais, segundo Francisco
Jardim, do fundo SP Ventures, especializado em
startups agrícolas.

BOLSO

O confinamento e a economia podem ter estimulado o
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