Clipping Banco Central (2020-10-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

Essa campanha pode ser um esquenta para 2022?Da
nossa parte, não. Tem muito tempo até 2022. Temos
ainda que governar, solucionar a crise do coronavírus
com a vacina, salvar os brasileiros, retomar a economia
e o emprego. Essa é a nossa prioridade.


O senhor citou o Congresso, e várias reformas estão
represadas lá. Como o PSDB vai se comportar com a
reforma tributária e a nova CPMF?A nossa posição, do
partido e minha: somos contra a criação de qualquer
imposto. Não é hora de criar impostos. É hora de
diminuir a máquina pública, fazer a reforma
administrativa. Fizemos em São Paulo a muito custo.
Foi o primeiro estado do país a fazer uma reforma
administrativa face à diminuição da arrecadação. Eu
quero esclarecer que tenho muito respeito pelo ministro
Paulo Guedes (da Economia), mas estamos em
campos diferentes quando se fala em criação de
impostos.


E o teto de gastos? Não se sabe o que vai acontecer.O
presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já disse que não
vai estender o estado de emergência além de 31 de
dezembro deste ano. Ele está certo, não podemos viver
em estado de emergência permanentemente. Bolsonaro
tem de administrar o país, dialogar com o Congresso.
Não podemos decretar uma emergência eterna para o
Brasil e, muito menos, dizer o que ele disse
recentemente: 'Vou furar o teto, e daí?' Aliás, ele gosta
muito dessa expressão autoritária. Ele repetiu isso hoje
(ontem). Não é assim, presidente Bolsonaro. Nós
vivemos em uma democracia. Ele se esquece disso
constantemente, de que estamos nesse sistema que,
inclusive, o elegeu. Então, o governo não pode e não
deve furar o teto. Nisso estou ao lado do ministro da
Economia, Paulo Guedes, quando ele diz que não vai
furar o teto. Isso seria um desastre para o Brasil do
ponto de vista da reação dos mercados internacionais.
Afugentaria os investidores, colocaria a B3, a Bolsa em
polvorosa. O dólar subiria, e teríamos um desastre
econômico.


O que fazer, então, para não furar o teto e, ao mesmo
tempo, conseguir pagar um programa social como o


Renda Cidadã?Reforma administrativa. Respeitar o
pacto federativo, ter um bom diálogo com governadores,
construir o país da unidade e não o país do confronto,
como Bolsonaro insiste em fazer. É hora de somar
vacinas para salvar vidas. Somar diálogo e
entendimento para construir saídas econômicas por
meio da reforma administrativa, bons entendimentos
com os governadores para proteger e salvar o Brasil.
Estamos caminhando para uma situação dramática, a
pior imagem internacional da sua história, pior do que
no tempo do governo Lula e Dilma, impressionante. A
questão ambiental colaborou para isso. Se não tivermos
um comportamento fiscal adequado, respeito pelos
marcos jurídicos, um comportamento equilibrado de
governo, perderemos totalmente a confiança de
investidores internacionais.

Podemos prever uma disputa entre você e Bolsonaro
em 2022?Não é hora de falar sobre 2022, porque temos
de administrar o momento, a crise, ter as vacinas, como
a do Butantan, para salvar os brasileiros.

*Estagiários sob a supervisão de Cida Barbosa

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Paulo Guedes, Banco Central - Perfil 2 - Reforma
Administrativa, Banco Central - Perfil 1 - B3, Banco
Central - Perfil 3 - Reforma Tributária
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