MAGAZINE 317 | (^23)
referência a ponte Rio-Niterói.
Não podemos ultrapassar um
distanciamento de mais de um
milha náutica da ponte, o que
interferiria no setor de decolagem
da pista 15 do Galeão. A ponte
está na medida certa para girar à
base. No SDU, a janela de estabi-
lização é de 300 pés com ângulo
ideal na curta final para manter
o PAPI 3 para 1 (três vermelhas
e uma branca). O vento de proa
não exige muitas correções de
asa. “Cinquenta pés, 40 pés, 30
pés, 20 pés, 10 pés”. Manetes em
FI e o toque é macio.
Na aproximação final com o
ATR, temos pitch praticamente
negativo e, no arredondamento,
não se pode “cabrar” demais. Há
risco de o avião bater a cauda, que
é baixa. Por isso o pitch máximo
é de cinco graus. Caso o aviador
tenha tendência a puxar mais, é
necessário um call-out de “mo-
nitor pitch”. Bequilha no solo, os
manetes são mudados de FI para
GI e reverso. Rapidamente, o ATR
desacelera.
Assim que livramos, já cientes
pelo Notam de que o pátio do SDU
está passando por reformas, temos
de aguardar mais alguns minutos
para então finalizar essa primeira
etapa. Foram apenas 0h53 de voo,
mas o tempo total da operação
chegou a 1h55, devido ao sequen-
ciamento em Congonhas.
O RETORNO
Hora de voltar para São Paulo.
Desta vez, nosso voo não está
tão cheio. Minutos antes, outro
ATR decolou para Congonhas
com parte dos nossos passageiros.
Nosso peso máximo de decola-
gem é 22.170 quilos. Decolando
da pista 20L, seguiremos pela saí-
da IH1C com transição UMBAD
e subida para o nível de voo 190.
Apesar de já estarmos prontos
para iniciar o push back, recebo
a notícia de que um passageiro
esqueceu uma mala na esteira de
inspeção de bagagem por raios X.
Aguardamos por 10 minutos pela
entrega dos pertences. Porta fecha-
da, cliente satisfeito e iniciamos o
push. Como a taxiway Julliet está
fechada entre as posições 11 e 15,
realizamos o push recuado, com a
cauda voltada para o Pão de Açú-
car, rebocados até o través da posi-
ção quatro. Um 737 da Gol aguarda
o ingresso no pátio na taxiway K.
Trator liberado, nos despedimos do
Azultec e iniciamos o táxi via Kilo
e Charlie. Antes de ingressarmos
na auxiliar, aguardamos o pouso de
outro 737. Após o toque, cruzamos
e liberamos na taxiway Bravo. En-
quanto isso, um Embraer da Azul
aguarda alinhado para decolagem.
Apesar da restrição de taxiway, a
torre trabalha bem e livramos na
Bravo e Julliet já para ingressar na
Alfa e decolar da 20L.
Iniciamos a decolagem da
pista 20L. Quando está leve, o
ATR gosta de sair rápido da pista.
A corrida é bem curta e, com 200
Fotos gentilmente cedida por Felipe Taveira
antfer
(Antfer)
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