Aero Magazine - Edição 317 (2020-10)

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MAGAZINE 317 | (^43)
táxis-aéreos grandes, com frotas
próprias e equipes mais robus-
tas. Além da Icon, temos como
parceiros Líder, TAM, Asta,
Helisul Aviação, Hércules, Rima,
Tropic Air, Premier, Uniair, Sete,
Abaeté, Brasil Vida, Helistar, EJ,
Total, Apuí, Aerosul e Manaus.
Fizemos o cadastro de cada uma,
treinamos as equipes para operar
nosso sistema, homologamos e
colocamosnoar.
Comoseprecificaumvoo?
A partir de parâmetros como
modelo da aeronave, ano de
fabricação, tripulação, peso
da bagagem, quilometragem
mínima, custo por quilômetro e
custo por quilômetros fraciona-
do (o custo operacional muda
conforme o tempo de voo). Os
preços sobem quando o voo
atinge o limite de passageiros
a bordo (full pax), pois o peso
máximo de decolagem restringe
a autonomia. Também inter-
ferem no preço o alcance, os
reabastecimentos, as velocida-
des e até a largura das portas
da aeronave, além do aeroporto
base. Definido tudo isso, os
operadores fazem uma parábola
de distância, com simulação, e
começam a calcular quanto vai
custar. Ao desenvolvermos um
software de precificação, os ope-
radores tiveram de abandonar
suasfórmulase usara nossa.
Qual a vantagem?
Quando abre meu aplicativo ou
entra no meu site, o usuário vê
o preço da operadora. Além de
comparar os preços, ele encontra
preços menores do que aqueles
cotados por uma agência de
viagem, a relação é direta. Ofere-
cemos uma linha de preços mais
atrativa, sem sobretaxas.
Quaisoscuidadosem
relaçãoà segurançadaoperação?
Temos a segurança de voo e a
segurança sanitária. Só tra-
balhamos com os chamados
operadores TPX, certificados
e homologados segundo o
RBAC 135 (que regulamenta o
transporte aéreo público não
regular). Só cadastramos aero-
naves com prefixos aprovados
pelo Voe Seguro (aplicativo da
Anac com cadastro de táxis-
-aéreos regularizados). Quan-
do o usuário contrata o voo,
mandamos por escrito o prefixo
da aeronave e recomendamos
que confirme o número antes
de embarcar. Evidentemente,
não temos fiscais de campo,
inviabilizaria o negócio, por
isso também começamos com
os maiores, para construir aos
poucos essa relação de confian-
ça com os usuários. Agora, no
futuro, quem vai dar dinamismo
ao aplicativo são os operadores
menores. Eles têm processos
mais enxutos e vão usufruir
mais do sistema. Em relação
à covid-19, o mercado vem se
adaptando, higienizando as ae-
ronaves e adotando protocolos
de saúde.
Quaisasperspectivas
demercadopara2021?
Muitas pessoas ainda estão
dentro de casa. Aos poucos,
com os protocolos de saúde,
algumas começam a sair.
O mercado está se recom-
pondo, mas ainda muito
longe do seu potencial. As
pessoas estão recuperando
a confiança para sair de
casa e pegar um avião, por
exemplo. Estou otimista. A
demanda para o ano que
vem vai ser muito boa na
aviação executiva. Vejo
grandes oportunidades,
novas dinâmicas de negócio
e a venda de assentos. Para
nosso negócio funcionar,
temos de nos envolver com
os parceiros, dialogar com
eles, incentivar. O merca-
do precisa de tempo para
amadurecer. Conforme a de-
manda aumentar, os opera-
dores terão mais segurança
para lançar voos de ida mais
baratos, confiando que terão
passageiros na aeronave na
volta. Eles vão se arriscar
mais. Hoje a confiança ainda
é baixa. No ano que vem,
será bem diferente.
O aplicativo só
trabalha com
operadores
homologados e
certificados, e as
aeronaves cadastradas
devem ter os prefixos
aprovados pelo Voe
Seguro, da Anac

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