Aero Magazine - Edição 317 (2020-10)

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sobrepuje a ação do A/T
sobre os manetes e possa, dessa
forma, reassumir o completo
controle da potência.
O autothrottle pode trabalhar
em conjunto com o AP/FD (au-
topilot/flight director) ou atuar de
maneira independente durante o
voo manual. A interface entre o
piloto e o autothrottle se resume
aos botões TOGA (take-off and
go around) e A/T Disconnect
nos manetes de potência, a um
seletor de velocidade e modos
AP/FD no painel de controle do
autopilot e ao MCDU (multi-
-function control and display
unit), que controla o FMS (flight
management system). Na maioria
das aeronaves, o A/T opera em
um deste dois modos básicos:
thrust ou speed.
Modos Thrust e Speed
No modo thrust, o autothrot-
tle mantém o motor em uma
potência fixa (takeoff/go-around,
climb, max continuous thrust ou
idle), compensando automati-
camente as alterações causadas

Painel do Boeing 747-
100 com A/T mantendo
a velocidade em
Mach.84. O Jumbo foi
uma das primeiras
aeronaves a vir
originalmente equipadas
com autothrottle


diretamente no conjunto de
controles FADEC/EEC (engine
electronic control), adequando
a velocidade de rotação do fan
(N1) ou a razão de pressão do
motor (EPR). Dispositivos de
proteção impedem que outros
parâmetros críticos do motor
(N2, EGT) sejam excedidos. Há
também um sistema de embre-
agens que permite que o piloto

aeronave – como Air Data Com-
puters, sensores de ângulo de
ataque, FADEC (full authority
digital engine control), Autopilot
e Flight Director – de modo a
computar um valor de potência
ideal para aquele momento do
voo. Esse ajuste é repassado aos
motores por meio de atuado-
res mecânicos nos manetes de
potência ou de forma eletrônica,
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