Aero Magazine - Edição 317 (2020-10)

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DELTA AIR LINES
A empresa anunciou a aposenta-
doria de grande parte da frota, in-
cluindo seus Boeing 777, que se-
rão substituídos no médio prazo
por Airbus A350. A companhia
ainda revisou a malha aérea e
iniciou um processo de demissão
voluntária para pilotos.

AMERICAN AIRLINES
Antes mesmo da pandemia, a
maior empresa aérea do mun-
do vinha renovando sua frota,
aposentando aviões como os
da família MD-80. Com a crise
de 2020, modelos como o 767 e
o 757 também não escaparam
de ser enviados ao deserto. A
American está enxugando gastos
e revendo planos futuros.

UNITED AIRLINES
Assim como suas rivais, a United
foi forçada a rever o plano de
frota e dispensou milhares de
funcionários. A empresa estuda
uma retomada de mercado, ciente

de que será em um patamar
inferior ao de 2019, e sofrendo
consequências mais devastadoras
do que quando se viu diretamente
envolvida nos atentados de 11 de
setembro de 2001.

LUFTHANSA
Nem a gigante alemã, que
sempre foi um exemplo de boa
administração, conseguiu passar
incólume pela crise da covid-19.
O grupo Lufthansa negocia
um apoio bilionário do Estado
alemão, que deve ser tornar
acionista majoritário da empresa.
Mais de 150 aeronaves devem ser
retiradas de serviço, incluindo
todos os 747-400 e parte da frota
dos A340. Não se descarta o fim
das operações do A380.

AIR FRANCE
A Air France foi a primeira
companhia aérea europeia a
planejar o fim dos voos com o
A380, antes mesmo da pandemia.
Os efeitos do coronavírus apenas

precipitaram o encerramento das
operações do Super Jumbo da
Airbus. A empresa ainda negocia
uma saída para a crise junto às
autoridades francesas.

KLM
Parte do grupo Air France-KLM,
a empresa holandesa sofreu
menos com a pandemia, graças
a uma estrutura mais enxuta.
Ainda assim, a KLM busca um
socorro emergencial, visando
manter condições mínimas para
que consiga superar os próximos
dois anos.

BRITISH AIRWAYS
Já afetada pelas incertezas geradas
pelo Brexit, a empresa inglesa
teve de assimilar os efeitos nefas-
tos da pandemia em sua opera-
ção, que é altamente dependente
de voos de longo curso. A British
cancelou os planos de ampliar a
frota de A380 com modelos usa-
dos e retirou o veterano 747-400
de serviço no meio da pandemia,
quase quatro anos antes do plano
original.

EMIRATES AIRLINE
Considerada uma das mais
dinâmicas empresas do mundo,
a árabe Emirates estruturou toda
sua operação em uma elevada
conectividade global, utilizando
sua localização estratégica em
Dubai para distribuir voos entre
centenas de países. Sua frota
composta apenas por modelos
Boeing 777 e A380 é altamente
depende de uma demanda em
crescimento. A pandemia colocou
no chão quase todos os aviões por
vários meses e centenas de pilotos
e comissários foram dispensados.
Foi a primeira grande demissão
em massa da companhia. Em
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