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os alemães haviam tido até então.
Teve um papel decisivo neste
momento histórico um corajoso
grupo de mulheres aviadoras.
Na primeira metade do
século 20, a presença feminina
nas forças armadas de qualquer
país era incomum, com exceção
das mulheres que atuavam como
enfermeiras ou faziam serviços
burocráticos, além de outras ta-
refas pontuais. A União Soviética
destoava das demais potências.
Pioneiros, os russos abriram
espaço para as mulheres na linha
de frente do conflito: elas eram
mecânicas, atiradoras de elite
(função na qual tiveram grande
destaque), instrutoras, médicas,
pilotas de tanques e, como vere-
mos, integrantes da força aérea do
temido Exército Vermelho.RASKOVA E STALIN
Os esforços para a criação de um
regimento aéreo feminino vieram
em grande parte da coronel Ma-
rina Mikhailovna Raskova, que,
na época, era uma celebridade na
União Soviética. Além de quebrar
vários recordes de distância de
voo, ela era pioneira em diversas
áreas. Foi a primeira mulher na-
vegadora da Força Aérea Soviéti-
ca e a primeira mulher instrutora
na Academia Aérea Zhukovskii.
Havia um bom tempo, Raskova
tentava convencer as lideranças
soviéticas da importância de se
criar regimentos para mulheres
aviadoras. No ano de 1941, o líder
Joseph Stalin finalmente concor-
dou com sua proposta. Nasciam
ali três regimentos femininos na
força aérea soviética.
Os regimentos criados eram o
586º de caças, o 587º de bombar-
deiros de mergulho bimotor e o
588º de bombardeiros noturnos.
Apesar de inicialmente seremSoviética e a Alemanha durante
a Segunda Guerra. Com o im-
pressionante avanço do exército
germânico rumo ao coração da
URSS, os soviéticos mobilizaram
uma força militar gigantesca
para conter as tropas de Adolf
Hitler e, ao final, impuseram
uma reviravolta ao sucesso queE
ra junho de 1941 quan-
do a Alemanha nazista
deu início à chamada
Operação Barbarossa
com o objetivo de in-
vadir o território soviético, pondo
fim ao famoso Pacto Molotov-
-Ribbentrop – um acordo de neu-
tralidade firmado entre a União