VOO LIVRE REVISTA LITERÁRIA Nº 4

(MARINA MARINO) #1

ÁRVORES
Eusempretiveumcarinhomuito
grande por árvores. Os tamanhos, as
coresdasfolhas,asfloreseos tiposde
frutosqueelassãocapazesdeproduzir.
Minhasensação emvê-lasémuito boa.
Sabersobreelas,mefascina!
Árvores tornam a vida possível,
elaslimpamoar,fornecendooxigênioao
fazerem fotossíntese, elas fornecem
sombra, embelezam e perfumam os
lugares, nos sustentam com seus
alimentos, com sua madeira, fornecem
borrachaparaospneusdoscarroseaté
remédios químicos originários do
extratodefolhas,raízesetroncos.
Nosmeuscaminhosatéotrabalho
ou para casa ou em um passeio
despretensioso, eu sempre observo as
árvoreseprocuroporelas, aexistência
delas me agrada. Outras pessoas que
passam há anos pelo mesmo caminho,
nem percebem muitas vezes aquele
imenso Abacateiro, ou aquele Chorão
que invade a avenida ou ainda aquele
Pinheiropormaisperfumadoqueseja.


Um dia, me dei conta que
minha admiraçãopelas árvoresveio
demeuspais,queforamagricultores
em certo período da vida deles, no
interior deSão Paulo,essefato lhes
deumuitoconhecimentosobreelase
assim compartilhavam comigo,
sempre me chamando a atenção,
diziam:


  • “Olhaessaéumaárvoredetal
    fruto, ela dá flores amarelas e
    perfumadas,essaficapequena,essaé
    grandeeimponente.”
    Então, aprendia ter um olhar
    voltadoparaelasquemefaziabem.E
    como é importante termos lentes
    voltadasparaaquiloquenosfazbem,
    maisdoqueaquiloquenosadoece!
    Certodia,percebiomotivopelo
    qualasárvoresmedavamtantobem
    estar: além do que elas já são pela
    própriaexistência,eraporqueelas,as
    árvores, são objetos intermediários
    entremeuspaise eu.Eucrescicom
    elasecrescicomeles!
    Elaseramplantadasecresciam
    nosmaiorese/oumenoreslugaresdo
    quintaldenossacasa,queficavaem
    uma região urbana da cidade que
    morávamos. Mesmo sendo
    improváveis as possibilidades de se
    desenvolverem, elas brotavam pela
    dedicação que meus pais ofereciam
    emregá-las,limpá-lasepodá-las.

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