Quando vinha estar conosco,
sempreachavaquealguémoolhavafeio
ou coisa parecida,sentia-se humilhado.
Coisasquenãoeramreais,apenasnasua
menteconturbada.
E aí isolava-se, passava dias,
semanas semquerer falar comigo. Seu
dia-a-dia sempre muito desgastante,
corriaparacimaeparabaixo,ocupando-
se de coisas pelos seus familiares, que
precisavam muito dele, segundo seu
pontodevistadeturpadodarealidade.
Aí vivia cansado, estressado, mal-
humorado. Não tinha tempo nem para
namorar... E assim foram mais de 13
anos.Tempoemquetambémmetrocou
poroutras,masvoltavaarrependido.
Só agora entendio que acontecia
comele:nãoéacaracterísticadesua
personalidade apenas, não é só
machismo ou ego exacerbado, ele tem
TBH, transtorno bipolar dehumor. Mas
nãoquersetratar,nãoaceitaradoença,
euéquesouloucaemafirmarisso.
Então jogo a toalha. Não posso
invadir o espaço dele exigindo que se
trate, coisa que nunca irá fazer.
Continuar com ele, nesta hora difícil,
sendoseueternosacodepancadas?Não
posso mais... Fiz tudo o que estava ao
meu alcance porele, devosero gatilho
paraseudesequilíbrio.
Maspossoseguiremfrente,cuidar
aindamaisdomeupróprioespaço,coisa
quevenhofazendoaolongodessesanos
todos,cuidando demim.Porque tudoo
que desejo neste momento é estar em
paz.
História de Vivi Claire