Hae-Wonnasceunocampo,nos
arredoresdeSeul.Seuavôtinhauma
pequena propriedade agrícola onde
plantavam acelga e cebola.
Costumavam vender o que colhiam
pararestaurantes.
Desde menina ouvia a família
cochicharsobre ahistória datia-avó,
mas não entendia direito o que
falavam.Depoisquecresceu,soubedo
queaconteceu.
Quandoaguerra acabou,a tia-
avó retornou ao lar, prestes a
completar 18 anos.Seuirmão,avôde
Hae-Won,recebeu-aepermitiuqueali
morasse até se casar. Mas ela não
tinha nenhuma vontade de ter um
marido. A vergonha e a culpa a
dominavam por completo, devido à
exigenteeducaçãoquerecebera.
O irmão encontrou alguns
pretendentes,porémelarecusava-sea
manter relacionamento com alguém.
Fugia decasa,seescondia, achava-se
impura.Depoisdealguns anos,ouviu
falar que outras mulheres como ela
estavam se afastando das cidades e
indotrabalharnumrepousodeidosos,
que estava sendo construído numa
cidadevizinha.Elaficouanimadapara
ir, mas decidiu-se mesmo, quando a
mãedeHae-Wonestavaprestesadar
aluz.
Achouquealinãoeramaispara
ela, que suatristezae desesperonão
fariambemaonovobebêquechegava
àfamília.Seuirmãoinsistiuparaque
ficasse,masatiaresolveupartir.Eaté
hojevivenoasiloondefoitrabalhar.