Crescer - Edição 324 (2020-11)

TURISMO

64 CRESCER

Novosdestinos,novos itens na mala, nova dinâmica

dos hotéis,novasregrasdehigiene... CRESCER

visitou alguns estabelecimentoseconversou com

especialistas paradesvendar tudo sobre este “novo

turismo”eoscuidados quevocê esua família

devem ter nas viagensapartir deagora. Com

responsabilidadeeboas escolhas dá paraequilibrar

saúde físicaemental nestes tempos tão difíceis

TEXTORenataMenezes

Novos

ares

eparauma criançaaexperiên-

ciadeuma viagem émágica,

para nós, adultos, muitas vezes

éaquelapausa necessária para

seguirmos em frente.Oproblema éque,

desdemarço desteano, porcausa da

pandemia,essedeleite importante para

onosso bem-estardeu lugaraumisola-

mentosocialprolonga do,que trouxe

prejuízosparaasaúdementaldetodos.

Pediatrasjásomam cercadecem sinto-

masque apareceram nosconsultórios

porcausa da covid-19.“Quem temfilho

sabeque ocomportamento dele mudou.

Algumascriançaspassaramater dores

no corpoouparaurinar, insôniaousono

em excesso, compulsãoalimentar ou

faltadeapetite,medos,gagueiras, ti-

ques, terrores noturnos,bruxismo,

constipação intestinal...eatésintomas

S

regressivos,comovoltar afazer xixi na

cama”, dizopediatra Daniel Becker, au-

tordositePediatriaIntegral. Isso sem

contar comaansiedade que, segundoa

psicól ogaMônic aPessanha,colunista

da CRESCER, éhojeaprincipal queixa

dospais. “Criançasque nuncaapresen-

taramproblemaspsicológicosestãoten-

do-os agora”,alerta.

Um bom“antídoto”paraosdesconfor-

toscausadospeloconfinamento éviajar.

Maséclaro quenão podemosbaixara

guarda,porqueocoronavírus aindaestá

entrenós,eháoriscodeuma segunda

onda. “O quetemos de fazer, enquanto

os númerosdapandemiaestão controla-

dos, énos adaptar ànovarealidade,colo-

candoemprática todasasregrasdese-

gurançaehigiene quesão eficientes,

como usodemásca ra,distanciamento

de 1,5mentreaspessoas ehigienização

dasmãos”,explica ainfectologistaRosa-

na Richtmann, do Instituto de Infecto-

logiaEmílioRibas (SP).

Para oinfectologistapediátricoRena-

to Kfouri,vice-presidente do Departa-

mentoCientíficodeImunizações da

SociedadeBrasilei ra de Pediatria(SBP),

oturistaprecisa fazerasua parteeter

responsabilidade para nãoaglomerar,o

quenão quer dizerseisolar. “Não dá

mais para as famílias ficarem apenas no

virtual, pois criançaapartir dos2anos

precisaconvivercom outras crianças para

se reconhecercomoserhumanoedesen-

volver capacidades cognitivas emotoras.

Também deve tercontato comomundo

ecom anatureza”,reforçaBecker.

Maseorisco de contaminação duran-

te as viagens? Oque vaideter minarse