(^44) VIAJEMAIS
15 quilômetros, ligado à cidade
pela água dos canais. A julgar pe-
los peixes e frutos do mar à venda
no Mercado de Peixe, em plena
Bambergstraat, uma das prin-
cipais ruas da cidade, o clima é
quase praieiro em Bruges. Mas a
história se sobrepõe, atravessan-
do a pequenina ponte da Blinde-
-Ezelstraat, você chega ao Burgo,
a emblemática praça que abriga
o poder político e religioso, com
a prefeitura e a bela Basílica do
Sangue Sagrado.
Espalhadas pelo horizonte da
cidade, as 11 igrejas de Bruges
são mais do que templos religio-
sos, ajudam a contar o passado
portentoso da cidade. Concluída
no século 10, repleta de vitrais
de acabamento caprichado e
exibindo um órgão de 1719, a
Catedral de São Salvador ocupa
um quarteirão inteiro da Steins-
traat. Já a Igreja de Notre Dame
ou Onze-Lieve-Vrowekerk, em
flamengo, ostenta um campaná-
rio comparável à Torre Belfort,
além de abrigar dois museus nos
fundos, o Gruuthuse e o Brang-
wyn, palcos de exposições tem-
porárias de arte contemporânea.
Além disso, a cidade reúne
20 museus, que se aprofundam
sobre temas de interesse de mui-
tos turistas, de cerveja a choco-
late, de diamante a batata frita.
Pude visitar os dois últimos e,
honestamente, me surpreendi.
O primeiro pelo apurado grau
de detalhe com que explica a
importância das pedras precio-
sas para o desenvolvimento da
Bélgica, incluindo uma apresen-
tação de lapidação de brilhante
ao vivo. Já o segundo fisgou pelo
estômago – a batata frita na ba-
nha de pato servida na saída do
Museu das Fritas é sensacional.
Ah, sejamos justos, a narrativa
sobre a trajetória do tubércu-
lo, dos Andes até a Europa e a
criação das batatas fritas, supos-
tamente na Bélgica, e sua ex-
pansão mundo afora são muito
bem contadas. Uma narrativa
crocante.
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Interior da
Basílica do
Sangue Sagrado
e uma vista
clássica dos
canais de Bruges
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antfer
(Antfer)
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