Viaje Mais - Edição 190 (2017-03)

(Antfer) #1

(^64) VIAJEMAIS
arqueológico da cidade: o tem-
plo Ananda, onde se pisa em
um chão construído há mais de
1.000 anos. Myanmarenses vão
de longe, caminhando 55 km,
só para venerar a escultura de
Buda feita em um único e imen-
so tronco de árvore original do
século 11. É impressionante.
Quando as luzes do dia co-
meçam a esmaecer, é hora de
seguir para a Shwesandaw Pa-
goda, onde, enfim, brotam cen-
tenas de turistas para disputar
nos degraus da ruína o visual
mais famoso de Bagan: o pôr
do sol ao fundo dos inúme-
ros templos.
Para os passageiros do na-
vio, entretanto, o último anoite-
cer da viagem é ainda mais es-
petacular. Quando a noite já
estava escura, as luzes do barco
se apagaram, e o breu só não
foi total porque o céu estrela-
do e a lua cheia iluminavam
as águas. Só assim pude ver as
1.100 velas vermelhas, brancas
e douradas boiando no rio e
indo ao encontro do barco ao
som de música erudita, como
se a navegação fosse em meio
a uma constelação. Ninguém
me instruiu a fazer um pedido
ali. Mas a cena era ideal, e vou
contar o meu: que a pureza e
a felicidade que emanam de
Myanmar me acompanhassem
para sempre.
MYANMAR
Em todo
amanhecer, Bagan
se enche de balões:
é o passeio clássico
NATÁLIA MANCZYK
SHUTTERSTOCK
NATÁLIA MANCZYK
SHUTTERSTOCK
Em Bagan, é corriqueiro encontrar monges brincando em templos; à dir., a Shwesandaw, com a vista mais disputada ao pôr do sol

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