(^80) VIAJEMAIS
AS PRAIAS URBANAS
Ir a Maceió é viver de praia.
O verde cintilante do Atlântico
alagoano e o calor infernal o em-
purram sempre em direção da
água do mar e da água de coco.
Quem manda na rotina é tábua
de marés. Quando a maré é bai-
xa, as jangadas partem rumo às
piscinas naturais e os turistas
pegam os snorkels para mergu-
lhar entre os corais. Quando a
maré sobe, tudo muda, inclusi-
ve a paisagem. O mar vem bater
no calçadão e a faixa de areia
quase desaparece. As jangadas
são ancoradas e os turistas vão
embora. Resta esperar até o dia
seguinte, quando tudo recome-
ça. E começa cedo, pois às cinco
da manhã o sol está nascendo.
Às sete horas o sol já está forte e
parece meio-dia.
A maioria dos turistas passa
seus doces dias na capital ala-
goana revezando entre as três
praias centrais: Pajuçara, Ponta
Verde e Jatiúca. É compreen-
sível, já que essas são as praias
urbanas mais gostosas do Brasil,
além de muito práticas porque
a maioria dos hotéis ficam na
beira-mar. Basta atravessar a
Avenida Álvaro Otacílio para
ga nhar o calçadão.
A Pajuçara é a mais movi-
mentada delas, quase toda ocu-
pada por um batalhão de janga-
das prontas para zarpar rumo
às piscinas naturais que ficam a
2 km da costa. É um pouco fa-
rofada com muitos vendedores
ambulantes. Vale pelo passeio
de jangada e para visitar a feiri-
nha de artesanato.
Bem melhor é a Ponta Verde,
onde a orla é mais bem cuida-
da e com as melhores barracas
de praia. A sugestão por ali é o
Lopana, que tem cardápio ela-
borado, com petiscos em versões
sofisticadas, como o Camarão de
Parma (empanado com queijo),
e drinques que fogem do básico
- o Lopânico (R$ 23) tem vodca,
curaçao, soda e suco de abacaxi.
A Lopana tem catamarã pró-
prio e faz passeios aos arrecifes
com três paradas em piscinas na-
turais alternativas, onde as jan-
gadas da Pajuçara não vão. São
pontos mais preservados, com
água mais cristalina. O passeio,
Entre as praias centrais, a
Ponta Verde tem a orla mais
bem cuidada e a melhor
infra de barracasBRASIL