Aero Magazine - Edição 318 (2020-11)

(Antfer) #1

NA REDE


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UM EMBRAER


TURBO-HÉLICE
O desenvolvimento de um futuro avião
comercial turbo-hélice pela Embraer está
a cada dia mais perto da realidade. O
fabricante publicou em sua conta no Twitter
as primeiras imagens do que poderá ser sua
nova aeronave. Ainda que não tenha informado
detalhes adicionais sobre o avião, a Embraer
novamente confirmou através de um de seus
executivos que estuda um projeto comercial
turbo-hélice, que poderá ser produzido em
parceria com algum fabricante internacional.
Um dos destaques do modelo poderá ser o uso
de novas tecnologias de propulsão, inclusive
com um motor híbrido-elétrico. Até os anos
2000, a Embraer produzia o EMB-120 Brasília,
um turbo-hélice regional para até 30 assentos.

TUPOLEVTU-154SAIDECENA


CHINAEMALTA
A companhia aérea
regional China
Express Airlines e o
fabricante Comac
formalizam um acordo
para o fornecimento
de 100 aeronaves
das famílias ARJ21 e
C919, com as primeiras entregas
ocorrendo ainda em 2020. A
escolha dos modelos produzidos
pela Comac é uma mostra do
futuro da aviação chinesa, que
poderá contar com um considerável
número de encomendas de

aeronaves de produção local.
Atual estrela da Comac, o C919,
compete com os ocidentais Airbus
A320neo e Boeing 737 MAX, mas
o fabricante de Xangai declarou
em diversas oportunidades que seu
foco não é competir no mercado
global, mas disputar o bilionário
mercado interno da China. O
país asiático é atualmente o maior
mercado de aviação doméstica
no mundo, superando os Estados
Unidos, que por várias décadas
foi o líder absoluto no número
de passageiros transportados. A

Comac espera obter um terço do
mercado interno chinês, o que pode
representar mais de 1.500 aeronaves
no curto prazo, para depois pensar
no mercado internacional, a
começar pelos países onde é forte
a influência de Pequim. Um dos
desafios da indústria aeroespacial
chinesa é obter uma vasta rede de
suporte global, fator considerado
fundamental para conquistar
novos contratos internacionais. O
C919 deverá ser certificado pelas
autoridades de aviação chinesas em
meados de 2021.

Após 50 anos, o Tupolev Tu-154 realizou
seu derradeiro voo civil, voando entre
o aeroporto de Mirny, em Yajutia,
para Novosibirsk-Tolmachevo, ambas
localizadas na Sibéria, no extremo oriental
da Rússia. O voo final com o avião de
matrícula RA-85767 teve duração de
três horas e transportou 154 ocupantes,
funcionários da empresa Alrosa,
especializada em mineração de diamantes.
Com 1.026 aeronaves produzidas em
suas diferentes versões, a mairo parte
dos Tu-154 passou a ser retirada de

operação no início dos anos 2000. Ainda
assim, a produção só foi encerrada em


  1. O modelo ostenta uma tétrica
    fama: protagonizou um elevado número
    de acidentes fatais. Foram 73 tragédias,
    que tiraram a vida de 2.911 pessoas,
    principalmente por falhas operacionais
    ou de manutenção. Projetado na década
    de 1960, o Tu-154 está entre as aeronaves
    mais letais de toda a história, embora
    tenha despontado como um dos orgulhos
    da então pujante indústria aeronáutica da
    União Soviética.

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