MAGAZINE 318 | (^27)
FALCON 6X MARCA UMA
VIRADA DA DASSAULT, AO
ADERIR À CONFIGURAÇÃO
COM DOIS MOTORES
utilizados pela família G500/
G600 da Gulfstream. A opção
por adotar um motor já certifi-
cado teve como objetivo evitar
contratempos decorrentes do
desenvolvimento de um novo
propulsor. Além disso, os PWC
ofereciam a faixa de potência
necessária para o projeto da
Dassault, que desejava um avião
com maior peso máximo de
decolagem e 500 milhas náu-
ticas adicionais de alcance em
relação ao Falcon 5X.
QUASE DO ZERO
Em lugar de reprojetar o mo-
delo cancelado para receber a
nova motorização, a Dassault
preferiu conceber um novo
avião quase do zero, partindo
estrategicamente da cabine. Os
engenheiros redesenharam a
fuselagem aproveitando apenas
algumas partes do projeto
original – que havia conse-
guido bons resultados, tanto
técnicos como de vendas. Eles
alongaram o charuto em 50
centímetros, totalizando um
comprimento de 12,3 metros
e um volume útil de cabine de
52,2 metros cúbicos (contra os
50 metros cúbicos do 5X), me-
dida que não inclui o bagageiro
(acessível em voo) nem a área
do cockpit.
Com o alongamento da fu-
selagem, a Dassault conseguiu
acrescentar uma janela a mais
de cada lado em relação ao pro-
jeto original, o que se traduziu
em uma área permeável à entra-
da de iluminação 30% superior.
Além de um total de 30 janelas,
há ainda uma claraboia no teto,
próxima à porta, que oferece
mais uma opção de iluminação
natural. A seção transversal
manteve suas dimensões, com
uma fuselagem de 2,58 metros
de largura e 1,98 metro de
altura. Esse desenho tornou a
cabine maior do que a do trijato
Falcon 7X, que foi, por vários
anos, o flagship da família.
Como se viu nas apresentações
da Dassault em eventos como a
NBAA e a Labace, a cabine do
Falcon 6X recebeu uma atenção
especial em relação ao design
interno, o que garantiu um me-
lhor aproveitamento do espaço,
incluindo o uso de linhas mais
fluídas, capazes de dar aos pas-
sageiros uma sensação de maior
amplitude.
antfer
(Antfer)
#1