Aero Magazine - Edição 318 (2020-11)

MAGAZINE 318 | (^29)
um voo padrão a 41 mil pés, a
sensação dos ocupantes da ca-
bine, segundo o fabricante, será
a de uma altitude equivalente a
3.900 pés (1.200 metros).
Um dos trunfos da Dassault
sempre foi a elevada performan-
ce de decolagem de seus trijatos
e os projetistas mantiveram essa
meta como uma das prioridades
no programa Falcon 6X. Com
peso máximo de decolagem, em
aeroportos no nível do mar e
condições padrão de temperatu-
ra e pressão atmosférica (ISA),
o novo avião deve precisar
de 1.670 metros de pista para
deixar o solo.
As asas também foram aper-
feiçoadas em relação às do Falcon
5X, que já ostentava uma aerodi-
nâmica avançada. A Dassault tem
por tradição dar especial atenção
a questões envolvendo redução
do arrasto, construindo superfí-
cies reconhecidamente eficientes
e, muitas vezes, à frente de seu
tempo. Parte dos estudos se bene-
ficia das inovações tecnológicas
advindas da divisão militar do
grupo. Os bordos de ataque con-
tam com três slats de cada lado.
Uma novidade no projeto é o uso
de flaperons e ailerons externos.
O uso de flaperons, super-
fícies móveis que combinam as
funções de flap e aileron, como o
nome sugere, é usual em aerona-
ves comerciais de grande porte e
em caças. Ainda que represente
alguma complexidade adicional,
oferece maior controle de voo
e melhora consideravelmente a
agilidade do avião em curvas.
Além disso, durante a aproxi-
mação, os flaperons atuam como