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que vai exigir atenção redobrada
por parte das equipes de voo e de
solo para evitar (e saber lidar com)
panes que costumam ocorrer em
aeronaves armazenadas por muito
tempo. Lembrando que qualquer
incidente vai trazer todo o debate
de segurança à tona”, destaca o
aviador, que não descarta um ououtro problema com atrasos ou
até cancelamentos de voos, muitos
associados a mudanças na MEL
(Minimumm Equipment List),
mais restritiva.
Em relação à pilotagem, existe
uma preocupação em torno dos
chamados memory items – para
estar preparado para situações
de emergência, um piloto precisa
memorizar alguns itens de ação
imediata antes de usar o checklist
apropriado. O que se diz é que
o número de memorizações de
checklist estipulado pela Boeing
poderia ser menor. Mas quem
viu de perto os novos protocolos
de treinamento garante que as
mudanças de sistema não fizeram
crescer a lista de memory items
do MCAS do 737 MAX. “Boa
parte dos checklists de situações
não normais têm memory items.
As checagens relativas ao MCASnão são diferentes. Pilotos bem
treinados vão estar aptos a reagir
de maneira satisfatória em uma
eventual emergência real com o
MAX”, acrescenta o instrutor.DUAS TRAGÉDIAS
Duas tragédias que mataram 346
pessoas determinaram a sus-
pensão dos voos do Boeing 737
MAX. A punição custou bilhões
ao fabricante de Seattle, prejudi-
cou sua cadeia de suprimentos e
gerou investigações que culpa-
ram a Boeing e a FAA por falta
de transparência e supervisão
insuficiente durante o desenvolvi-
mento do jato. Uma investigação
criminal segue em andamento.
Para complicar a situação, a
pandemia do novo coronavírus
potencializou a crise do MAX e
a Boeing reduziu a produção e
demitiu funcionários. Agora, aPROVAVELMENTE SERÁ
EXIGIDA A INSTALAÇÃO
DE UM TERCEIRO SENSOR
DE ÂNGULO DE ATAQUE