Aero Magazine - Edição 318 (2020-11)

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MAGAZINE 318 | (^77)
dois anos depois, a FAB e a So-
ciedade Construtora Aeronáutica
Neiva ratificaram um contrato
para o desenvolvimento de um
novo avião a pistão, que ficaria
sob a tutela do engenheiro e
projetista Joseph Kovács.
O protótipo original ganhou
os céus de São José dos Campos,
no interior de São Paulo, pela
primeira vez, no dia 9 de abril
de 1966, ainda com o prefixo
experimental PP-ZTW. Húngaro
de nascimento e brasileiro de
coração, Kovács é considerado um
dos maiores nomes da engenharia
aeronáutica do país. Pelas suas
mãos, desenhando em nanquim,
também surgiu o Embraer T-27
Tucano, outra aeronave icônica
e exportada para vários países
do mundo inteiro. Nas últimas
décadas de sua vida (ele faleceu
em 2019), o projetista desenvolveu
dois programas que prometem
substituir nos próximos anos suas
crias, o turbo-hélice B-250 Bader
(equiparável ao A-29 Super Tuca-
no) e o treinador a pistão Sovi (ou
T-Xc na versão militar), ambos
assinados pela brasileira Novaer
em conjunto com o fabricante Ca-
lidus, de Abu Dabi, dos Emirados
Árabes Unidos.
Enfim, da prancheta do
notável projetista europeu, nasceu
um avião de treinamento robusto.
O T-25 é um asa baixa com
trem de pouso triciclo retrátil.
Sua ampla cabine dispõe de dois
assentos lado a lado – para piloto
e instrutor – e espaço traseiro para
mais um eventual terceiro tripu-
lante. Cobre o cockpit um canopi
construído em peça única com
deslizamento para trás, capaz de
proporcionar ampla visibilidade
externa. Originalmente, o modelo
recebeu um motor a pistão Lyco-
ming IO-540-G1A5 de 290 cava-
los de potência, com seis cilindros
opostos horizontalmente, movido
a gasolina, girando uma hélice
tripá de velocidade variável. Mas,
após ensaios realizados pelo Cen-
tro Técnico Aeroespacial (CTA),
também em São José dos Campos,
O T-25 sucedeu o
lendário North-
American T-6 na
instrução avançada e,
por algum tempo, até na
Esquadrilha da Fumaça

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