Aero Magazine - Edição 318 (2020-11)

(Antfer) #1

MAGAZINE 318 | (^79)
2009
15.000
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2010 2011 2012
HORASVOADASPORANO
2013 2014 2015 2016
11.453
12.254 12.070
11.843
11.391
11.759
9.884
8.715
(ou seja, sua vida útil) era de 7.738
horas de voo. Assim, conforme
as primeiras aeronaves se aproxi-
mavam de atingir essa marca, o
CTA, em parceria com o PAMA de
Lagoa Santa, passou a monitorar o
funcionamento de três aeronaves.
Após a supervisão, chegou-se à
conclusão de que o T-25 poderia
voar por muito mais tempo e o
prazo para a INPP mudaram: hoje
ele é de 10 anos ou 2.400 horas, o
que ocorrer primeiro.
Assim como um afinador
cuida de um piano, a boa manu-
tenção de um avião pode mantê-lo
na ativa por muito tempo. Não
por acaso, em 2013, o T-25 atingiu
índices de disponibilidade compa-
ráveis aos da época de sua entrada
em serviço na AFA, no início dos
anos 1970. Na ocasião, a média de
aeronaves prontas para voar supe-
rou os 87%, chegando a 93% no
dia 12 de julho daquele ano, com
40 das 42 aeronaves alinhadas no
pátio do 2º EIA.
Nem tudo, porém, são
virtudes. Assim como um Fusca
não possui sistemas eletrônicos
sofisticados e é reconhecido por
sua simplicidade, o T-25 con-
ta com um painel totalmente
analógico, realidade bastante
diferente daquela que os pilotos
encontrarão nas aeronaves dos
esquadrões operacionais da força
aérea de hoje em dia. Por isso já
há no PAMA-LS estudos voltados
para a substituição do instrumen-
tal do treinador básico da FAB por
componentes digitais.
Atualizações à parte, a célula
da aeronave do T-25 não possui
limite de utilização. Cada avião
voa em média 300 horas por ano,
o que resulta em cerca de 10 mil
horas de voo da frota completa
(veja o gráfico). Todos os dias,
o tenente-coronel Moacir e seus
comandados se esforçam para
manter ao menos 16 aeronaves
disponíveis para instrução dos
cadetes. Definitivamente, vê-los
trabalhando no hangar faz lem-
brar um velho ourives lapidando
uma joia.
OUTRAS MISSÕES
Entre 1980 e 1983, o T-25 serviu
no lendário Esquadrão de De-
monstração Aérea (EDA), mais
conhecido como Esquadrilha da
Fumaça. Com a desativação dos
North-American T-6 em 1976,
o “cometa branco”, como ficou
conhecida esta versão do Uni-
versal para acrobacias, ganhou
os céus da AFA pela primeira vez
em uma exibição de entrega dos
espadins aos cadetes primeiranis-
tas, em 10 de julho de 1980.
Antes disso, em 1974, os T-25
começaram a ser empregados no
Centro de Aplicações Táticas e
Recompletamento de Equipagens
(CATRE), em Natal, em missões
de treinamento operacional de
pilotos no último ano de instru-
ção. Nessa versão, os T-25 foram
equipados com um visor de tiro
que era instalado à frente da posi-
ção do piloto (assento esquerdo) e
com os controles necessários para
a operação do armamento. Seu en-
velope de armas compreendia dois
casulos subalares com metralha-
O avião usa um motor
Lycoming IO-540-K1D5
de seis cilindros com
300 cavalos de potência,
que impulsiona uma
hélice bipá de velocidade
constante

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