Aero Magazine - Edição 318 (2020-11)

(Antfer) #1
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Sim,paraconcluiro cursobásicono
SegundoEsquadrãodeInstruçãoAérea
(2ºEIA),umcadetetemdecumprirum
número“limitado”demissões– sãocerca
de 75 horas,divididasnasfasesdepré-solo,
manobrase acrobacias,voodeformatura
e navegação.Maso candidatoa piloto
militar,homemoumulher,devesercapaz
deextrairo máximodoUniversalT-25,
umaaeronavebemmaiscomplexadoque
treinadorescivis,executandoinclusive
manobrasacrobáticas.Paraefeitode
comparação,umcadeteprecisade 13 horas
paraconseguirvoarsozinho.Navidacivil,
umalunodocursodepilotoprivadoprecisa
depelomenosde 18 horasparaexecutar
umvoosolo,aindaassim,normalmente,

comsupervisãodeuminstrutor.Umadas
provasmaisemblemáticasqueoscadetes
precisamsuperaré o checkdeolhos
vendados,umtestenosoloemqueo futuro
piloto,posicionadonacabinedaaeronave,
devesercapazderealizar,àscegas,todos
osprocedimentosdeumadeterminada
missão.Outraatividadecomumparaos
cadetesé o voomental.É normalver
jovenspilotosreproduzindogestose falas
dasetapasdamissãoqueiráexecutar.A
massificaçãodeprocedimentosé umadas
principaisestratégiasutilizadasparaacelerar
a aprendizagem.Alémdoconhecimentoem
relaçãoa tudoo queserelacionaaoavião
(descreveremdetalheso funcionamento
dequalquersistemadoT-25,sejaelétrico,
mecânicoouhidráulico),incluindoas 30
panesquefazempartedochecklist,os
cadetesaindacumpremumaextensarotina
deatividadesmilitares,exercíciosfísicos
e muitoestudo.AAFAé umainstituição
deensinosuperiore oscadetesque
concluemo cursodequatroanossaem
como bachareladoemAdministraçãode
Empresas,comênfaseemGestãoPúblicae
CiênciasAeronáuticas.

VIDA DE CADETE
A formação de um piloto militar é diferente
da instrução civil e requer mais dedicação

doras calibre 12,7 milímetros, qua-
tro cabides subalares para bombas
MK.76 e dois casulos lançadores
de foguetes calibre 37 milímetros.
O bom desempenho aferido
junto ao CATRE levou a FAB a
considerar o uso do T-25 Universal
como substituto dos modelos AT-6,
T-28 e Pilatus L-3, que dotavam a
Segunda Esquadrilha de Ligação e
Observação (2ª ELO), uma unida-
de dedicada a operações conjuntas
com a Marinha e o Exército, aten-
dendo a missões de controle aéreo
avançado, reconhecimento armado
e apoio leve aproximado.
As células foram empregadas
nessa unidade até a segunda me-
tade da década de 1980, quando
começaram a ser substituídas
pelos AT-27 Tucano. A capacidade
de emprego como aeronave de ata-
que leve permitiu que o T-25 fosse
aproveitado também pelos Esqua-
drões Mistos de Reconhecimento
e Ataque (EMRA). Como se
tratava de uma aeronave biplace,

O T-25 Universal tem a elegância dos projetos do
engenheiro húngaro Joseph Kovács, que, alguns
anos mais tarde, desenharia o T-26 Tucano

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