Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Cidades
domingo, 22 de novembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

afirmou que a intervenção dos distritais "atenta contra
os princípios da dignidade da pessoa humana e da
igualdade, e importa inaceitável retrocesso social na
proteção contra condutas discriminatórias em razão da
orientação sexual das pessoas no Distrito Federal".


Só Papos


"Reafirmo, aqui, a importância de retirarmos a
obrigatoriedade do uso de máscaras por pessoas
saudáveis em todas as ocasiões e lugares"Bia Kicis
(PSL-DF), deputada federal


"A segunda onda do coronavírus na Europa e nos EUA
deve nos servir de alerta. Cuidados básicos, como uso
de máscaras, lavar as mãos, evitar aglomerações e
manter o distanciamento ao falar, podem salvar
vidas"João Amoedo, candidatoà Presidência em 2018
pelo Novo


Mandou bemSegundo dados do Tribunal Superior
Eleitoral, o número de prefeitos e vereadores negros
eleitos nas eleições deste ano aumentou. O percentual
é de 32%. Apesar do aumento, ainda falta muito para o
cenário ideal.


Mandou malO vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB)
que, ao comentar o caso dos seguranças que
assassinaram um homem negro em um Carrefour de
Porto Alegre, afirmou que não existe racismo no Brasil.
Quem dera ele estivesse certo...


A pergunta que não quer calarO Distrito Federal
realmente está preparando para a possibilidade de uma
segunda onda da covid-19?


À QUEIMA-ROUPA


Cristovam Buarque, ex-senador e ex-governador do DF


O governo Bolsonaro acenou com o desejo de acabar
com o aumento real no piso dos professores. O senhor
é também autor da lei do piso. Qual seria o prejuízo de
uma mudança assim?Quando apresentei a proposta de
lei para criar o Piso Nacional, cheguei a ser criticado no


DF porque não beneficiaria os nossos professores,
porque seus salários já estavam acima do valor
estabelecido. E, fora do DF, não teria efeito prático,
porque os prefeitos diziam não ter dinheiro, enquanto,
no DF, a Educação é paga pelo Governo Federal sem
problema de caixa. A Lei do Piso, que leva meu nome, é
um gesto ainda tímido na direção da Federalização da
Educação. Ainda tem um valor muito baixo,
considerando o que se poderia imaginar como ideal, e
no caso dos municípios, deixa a responsabilidade de
pagamento sobre prefeituras sem dinheiro, mesmo que
sejam baixos os valores. Por isso, apresentei um outro
projeto de lei que responsabiliza o Governo Federal pelo
pagamento do piso, mesmo aos professores municipais
e estaduais. Mas, o que precisamos mesmo é aprovar
esse projeto de lei e aumentar os valores, não extingui-
lo como propõe o atual presidente. Isto seria um crime.
Lembro que minha lei não teria prosperado sem o apoio
do Ministro Haddad e do Presidente Lula.

A demora em torno da aprovação, no primeiro
momento, e da regulamentação do Fundeb pode trazer
prejuízos? Qual a importância do Fundeb para
educação pública?Teria sido uma catástrofe se não
tivesse sido aprovada antes de 31 de dezembro. O
Fundeb evita a catástrofe, mas não vai dar o salto que a
educação brasileira precisa: escolas com a máxima
qualidade e igual para pobres ou ricos. Para isso, será
preciso ainda muito mais: a federalização do sistema
escolar brasileiro.

Na avaliação do senhor, qual o tamanho do impacto da
pandemia na educação? O que será preciso fazer para
recuperar esse tempo?A pandemia vai deixar um rastro
maldito: crianças que não voltam à escola, professores
que abandonam a carreira, escolas que não reabrem,
além do apagão cognitivo em uma geração inteira. Mas,
é uma ilusão colocar a culpa de nossa péssima e
desigual escola na epidemia. Quando ela chegou, nós já
estávamos entre os piores e provavelmente o mais
desigual no mundo. É preciso ir atrás dos alunos e dos
professores, recuperá-los psicologicamente, fazer a
recuperação que nos acostumamos a fazer depois das
miniepidemias das greves. Mas, não podemos parar na
recuperação, precisamos de uma estratégia para, em
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