Clipping Banco Central (2020-11-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Cidades
domingo, 22 de novembro de 2020
Cenário Político-Econômico - Colunistas

um período mínimo de tempo possível, situarmo-nos
entre os melhores e sem desigualdade por renda ou
endereço. E, também, começarmos a substituir nossas
aulas teatrais por aulas cinematográficas.


O governo Bolsonaro conseguirá a proeza de entregar a
educação em uma situação pior do que a que
encontrou?Parece impossível, mas Bolsonaro está
conseguindo piorar o que estava ruim. Em 2019 ele
recebeu uma educação ruim, a culpa era nossa, seus
antecessores tentam negar a realidade, mas ele pode
realizar o que você chama de proeza: piorar.


Tem se falado muito sobre a unidade dentro dos grupos
progressistas para derrotar Bolsonaro. O senhor
acredita que isso acontecerá? O que precisa ser
mudado para se chegar a esse resultado?Falta tempo
ainda, mas, pelo quadro atual, não vejo muita chance de
alianças concentrando votos contra Bolsonaro. Pode ser
que em 2022 haja uma frente de esquerda, o que não
houve em 2018, Ciro e Lula se unam e atraiam outros
partidos, mas ainda acho difícil. E os outros
provavelmente vão estar divididos. Cada um acha que
chega ao segundo turno e, chegando ,derrota
Bolsonaro. Erram duas vezes. Para unir, será
necessário um programa que não seja só para derrotar
o horror bolsonarista, porque sabemos que qualquer
ponto adicional além de derrotá-lo já não une as
oposições.


Avaliando os resultados das eleições deste ano, é
possível ter alguma esperança de mudança para
2022?As eleições municipais têm pouco a ver com o
nacional, salvo nas máquinas partidárias que surgem
nos municípios. Mas, acho que muda pouco. A ideia de
que o PT ficou fraco é um erro. O PT tem história e tem
base. A ideia de que o PSol é uma novidade deixa se
ver que ele tem uma cara nova, mas as ideias são as
mesmas e antigas. A ideia de que a direita venceu está
errada porque seus políticos não têm propostas para o
futuro que seduzam o eleitorado. E a ideia de que
Bolsonaro perdeu me parece um erro, porque ele
mantém os mesmos fanáticos que devem levá-lo ao
segundo turno onde ele só perderá se o seu opositor
não tiver rejeição muito grande. Será a rejeição de um


que determinará a eleição do outro.

O cenário para 2022 no Distrito Federal ainda é muito
incerto. O senhor tem planos de voltar a concorrer nas
próximas eleições? Existe essa possibilidade?Se eu
tivesse de decidir agora, seria quase impossível que a
eleição me atraísse. Em 2018, o eleitorado me deu uma
espécie de alforria para deixar a luta para outros. E
estou muito feliz com a vida que posso levar quando a
epidemia passar, não me sinto mais obrigado à insana
luta política. Ao mesmo tempo, sinto-me comprometido
a lutar.

Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas
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